A Sociedade Cabo-verdiana de Música reagiu com “profunda tristeza” morte do membro, autor e compositor Serapião António Oliveira, mais conhecido por Nha Vão. Aproveita para apresentar sentidas condolências à família e a Nação cabo-verdiana. Igualmente, o Ministério da Cultura lamenta esta perda, realçando que a cultura acaba de ficar mais pobre.
“É com profunda tristeza que a Sociedade Cabo-Verdiana de Música, vem através deste meio, apresentar as mais sentidas condolências à família enlutada e à nação cabo-verdiana, pelo desaparecimento físico do nosso membro, autor compositor, Serapião Oliveira, mais conhecido por Nha Vão”, lê-se no comunicado desta Sociedade, que refere ainda que o compositor da morna-galope “Fusquinha” era membro desta associação desde o ano de 2018.
Segundo a SCM, Nhavão é considerado um compositor de excelência, com composições da música tradicional muito apreciadas que contribuíram para a elevação da cultura cabo-verdiana. Destaca a homenagem que lhe foi prestada na primeira gala “Noite de Autores SCM” e, em outubro de 2023, na 13ª edição festival da Semana da Morna, nos seus 100 anos de vida.
E diz despedir-se, “com muita saudade do grande compositor”, um dos autores da Morna, que hoje é considerada Património Imaterial da humanidade. Já o MCIC afirma que a cultura da ilha da Boa Vista e de Cabo Verde acaba de ficar mais pobre com o seu desaparecimento físico, neste ano de 2024, frisando que 101 anos é um símbolo da riqueza cultural de Cabo Verde e da nossa tradição.
“O Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas lamenta a partida deste cultor da música tradicional com um século de vida e muitas décadas de salvaguarda de um dos nossos maiores patrimónios, a música”, pontua, augurando que a alma de Nha Vão descanse em paz. “Não há dúvidas de que, com esta partida, a nossa cultura ficou, também, mais pobre”, acrescenta.
Termina endereçando à família enlutada e os amigos sentidas condolências.