Os pilotos da TACV vão alterar a data da greve, previsto inicialmente para os dias 24 a 30 de julho, devido ao alegado incumprimento dos pressupostos legais estabelecidos em relação aos prazos para a sua comunicação. O Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil confirma ter sido notificado pela Direcção Geral do Trabalho (DGT) sobre esta falha.
“Considerando tais directivas, o sindicato irá proceder com a alteração do período da greve que será comunicada à DGT e ao CA dos TACV e divulgada posteriormente”, lê-se num comunicado do SNPAC. Este sindicato, recorda-se, tinha anunciado uma greve prevista para 24 a 30 de Julho, que ia afectar pelo menos 16 voos internacionais e perspectivava uma adesão “à volta dos 100 %”.
Edmilson Aguiar acusou o Governo e o Conselho da Administração da TACV de “faltar com a verdade”, e afirmou que a greve pode ser suspensa se a tutela cumprir com os acordos assumidos nas negociações do mês de Abril. Tratou-se, afirmou, de uma decisão ponderada e assumida de forma responsável, motivado pelos sucessivos incumprimentos e recuos por parte do Governo dos compromissos assumidos nas negociações, que foram presididas pelo ministro dos Transportes, Carlos Santos.
Os pilotos reivindicam, de entre outros, criação de um programa de segurança, protecção da saúde e de higiene no trabalho, regularização das consultas médicas e prémio de seguro. Ainda: melhoria do serviço de catering, enquadramento laboral com a atualização da grelha salarial, reconhecimento dos direitos a uma progressão pendente e pagamento faseado dos retroactivos.
Mais uma aeronave
Entretanto, a companhia aérea de bandeira anunciou que, a partir da próxima semana, contará com mais uma aeronave – um ATR 72-600 com capacidade para 70 passageiros”. A TACV, que opera com o nome comercial Cabo Verde Airlines (CVA), explicou que este é um “passo importante” para melhorar a conectividade e para aumentar de viagens, sobretudo numa altura de maior procura em Cabo Verde.
A companhia garantiu que está a operar com duas aeronaves nos voos domésticos, nomeadamente um ATR 72- 500 e um Dash 8-300, que chegou ao país no dia 03 de julho de 2024, tendo efetuado o primeiro voo no dia seguinte. A nova aeronave vai juntar-se aos dois aviões alugados, para aumentar o número de voos entre as ilhas do arquipélago, com atrasos e cancelamentos frequentes.
A empresa avançou que o avião, com capacidade para 50 passageiros, deveria iniciar operações nessa mesma semana, mas, passados 12 dias, tal ainda não aconteceu. Na terça-feira, o Primeiro-ministro disse à imprensa que o avião “vai chegar”, e remeteu mais informações para a companhia aérea.
C/Inforpress
