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Mindelense “levanta” a Taça e solta o grito de campeão de Cabo Verde

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O Clube Sportivo Mindelense venceu o Grupo Desportivo Palmeira da ilha do Sal por 2×1 e levanta a Taça de Cabo Verde e solta o grito de campeão época 2023/2024, 42 anos depois de conquistar este troféu pela primeira vez. Os golos encarnados foram apontados por Jon aos 18 e 24 minutos e, para a campeã regional da ilha do Sal reduziu com Kichone, aos 45 minutos da primeira parte.

Foi um jogo muito bem disputado por ambas as equipas, com o Mindelense a dominar e a marcar os dois golos de rajada na primeira parte. Mas antes do cair do pano, precisamente no minuto 45 minutos, o Palmeira reduziu. Na segunda metade a campeã regional do Sal entrou melhor, mas o Miki refrescou a equipa e equilibrou a partida. E, apesar do esforço, o resultado não sofreu alteração. 

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Djana, um dos jogadores importantes no xadrez encarnado, expressou a sua satisfação aos microfones da RCV. “Foi uma vitória sacrificada da equipa porque estávamos a cerca de dois meses sem jogar. Mas esta equipa vale muito. Estivemos bem durante toda a partida. Não é por acaso que somos a melhor equipa de Cabo Verde”, afirmou, rasgando elogios ao público pelo apoio.

Este é o segundo titulo nacional que o Mindelense vem buscar na ilha do Sal, sendo o primeiro em 2019, quando derrotou o Oásis. Este ano ganhamos o Palmeira. É uma grande alegria e mereceremos. Somos a juventude que está aqui, esforçamos e merecemos esta Taça. Agora vamos descansar para poderemos regressar forte para a Supertaça, relativa a época 2024/2025.” 

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Já Miki teve dificuldades para descrever os seus sentimentos. “É indiscritível. Com um plantel muito jovem, alguns nunca venceram nenhum titulo nacional. Eu também nunca tinha conquistado um titulo nacional e, 42 anos, o Mindelense vence a Taça de Cabo Verde. Dá vontade de ir para casa para celebrar com a família”, afirmava o treinador logo após o apito final. 

Miki lembrou que, quando o Mindelense conquistou a Taça de Cabo Verde pela primeira vez não era sequer era nascido, pelo que a satisfação é ainda maior. “Tivemos um apoio incrível, que é algo que acontece sempre que jogamos no Marcelo Leitão. Somos felizardos por jogar aqui com uma massa adepta desta envergadura. Fomos bem tratados aqui e os jogos nos correram de feição.”

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Menos expansivo esteve o treinador da Palmeira, Toca Lobo, para quem é impossível ganhar sempre. “Agora é levantar a cabeça e parabenizar o Mindelense e o meu amigo e compadre Miki pela vitória. Igualmente este publico que esteve aqui a fazer esta festa do futebol.” Instado a explicar o que faltou hoje a sua equipa, limitou a dizer apenas um golo para empatar. 

Sofremos dois golos de rajada devido a duas falhas. Neste nível a margem de erro é zero. No primeiro golo sofremos um canto contra o vento, onde sabíamos que o Mindelense iria fazer dois toques e, mesmo com dois jogadores nossos, conseguiu fazer o cruzamento para o golo. Já o segundo resultou de um livre a nosso favor. Conseguiram fazer uma transição de área a área e marcar.”

Para tentar mudar a história do jogo, numa altura em que perdia por 2×1, o treinador mexeu na equipa, que passou a jogar com três defesas por forma a colocar quatro jogadores à frente, e fez várias substituições. Mas o resultado não se alterou e o Mindelense é campeão da Taça de Cabo Verde. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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