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Kavala Fresk Feastival vai prestigiar gastronomia africana

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A XII edição do Kavala Fresk Feastival terá lugar no dia 13 de julho e vai prestigiar a gastronomia e cultura africana, espelhadas no seu cartaz assinado pelo artista David Leone e que evoca a herança do continente e o espirito de união cultural. Com um orçamento abaixo dos 15 mil contos, segundo São Delgado, a meta é levar mais 45 mil pessoas para Rua d’ Praia e Avenida Marginal, para desfrutar da cavala, confeccionada de diferentes formas, nos 40 restaurantes e espaços de venda. 

Serão mais de 24 horas ininterruptas de atividades, das 12 horas do dia 13 às 2 horas da madrugada do dia 14, em toda a extensão da rua de Praia, Avenida Marginal, tradicional palco deste evento. O nosso objectivo, nesta edição, é fazer uma reaproximação do continente, trazendo para São Vicente a diversidade dos sabores, cores, paladares e texturas, por forma a reforçar os laços históricos e ancestrais, através da gastronomia”, anunciou São Delgado, membro da Mareventos.  

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Para o efeito, está previsto um encontro de cozinheiros africanos, através da diplomacia gastronómica e do show cooking, no dia 12. “Acreditamos que, através disso, iremos reforçar as conexões que temos como continente. Ao longo deste mês teremos, na cidade do Mindelo,‘Teasers Kavala Fresk’. São vários momentos gastronómicos para criar expectativa e engajamento da população, pessoas que gostam do festival e, assim manter toda a dinâmica desde festival, que terá 40 espaços de restauração”, detalha. 

Cartaz do Kavala Fresk Feastival

No fundo, explica São Delgado, os teaser são flashes ‘Kavala Fresk’ em que as cozinhas e restaurantes que sempre fizeram parte deste festival vão proporcionar momentos surpresa de degustação. “Vão antecipar o que as pessoas podem encontrar no dia do KKF. Serão amostras das delicias do festival. Basta as pessoas estarem atentos para saberem onde KKF vai estar nas quintas-feira e sábado.”

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Memória doce KKF” 

Do programa consta momentos de comunicação “Memória doce ness Kavala 12”, em que as pessoas são convidadas a partilhar as suas experiências por forma a criar um mosaico de memórias que serão posteriormente divulgados divulgados nas plataformas do festival. “Com esta atividade queremos celebrar a evolução de KKF ao longo das onze edições. Mas vamos manter os diferentes ponto da anatomia da cavala, Por exemplo, na gastronomia teremos ‘Pêxe ne Brasa’ e ‘Pêxe ne Prote’ ,desde Plurim ao parque da Enapor”, assegura, destacando ainda a diplomacia gastronômica com cozinheiros africanos e montra d’ kmida com marcas e produtos de Cabo Verde.

Na cultura, São Delgado destaca a abertura com o Kavala Mob com a Banda Municipal, Kavala & Art (Amândio Oliveira vai apresentar uma exposição inédita para relançar a sua carreira), Kavala na Mei d’ Mar, Kavala & Música, Kavala Party e Karnavala . Já a nível do desporto, haverá competição de natação e corrida de bote, Kayak e Sup Paddle e Kavala na Cest (basquetebol) para crianças no Parque Infantil. 

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Dentro do espaço família, o KKF retoma os passeios de botes com a Guarda Costeira, teatro infantil, stand up comedy e recreio. Já o Lab contempla os workshops e momentos de sensibilização com o IMAR – Instituto do Mar, que vai promover uma roda de conversa sobre sustentabilidade alimentar, e com a FAO-Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Haverá ainda um workshop de culinária no CCM, em parceria com a Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde e FAO. 

Uma programação vasta e diversificada na expectativa de gerar ainda mais rendimentos que os anos anteriores, refere São Delgado, que aproveitou para destacar a presença da Associação de Pescadores de Salamansa, que aspiram divulgar produtos locais no KKF e Associação de Peixeiras de São Vicente, que pretendem arrecadar rendimentos, com suas atividades, durante o evento. 

Enquanto co-produtora do KKF, o presidente da Câmara de São Vicente, Augusto César Neves, destacou a forte parceria da edilidade com a cultura e com a identidade desta ilha. “Tudo o que for possível vamos fazer para a cada ano este festival seja melhor. Hoje KKF é um marca em África e está em vias de se tornar uma grande marca no mundo. Todos temos de o agarrar, por isso o apelo para que mais parceiros se aproximem e apoiem porque os eventos têm custos elevados.” 

Para A. Neves, a CMSV tem uma grande responsabilidade em assegurar a sua realização, custeando todas as despesas possíveis. “É neste sentido que, mais uma vez, abraçamos este ’12 Kavala’ para que possamos ter um grande evento e que traz muita movimentação para esta ilha. Kavala faz parte da nossa cultura e da nossa identidade e têm um impacto económico muito forte em São Vicente”, justificou, reconhecendo, entretanto, não ter nenhum estudo suporte desta afirmação.

No entanto, as relatórios das empresas financeiras, elaborados nestas datas, atestam esta percepção. “Há picos interessantes por altura dos grandes eventos culturais. E Kavala Fresk  é um deles, por isso tudo fazemos para melhorar o poder das famílias, que ali ganham o seu pão”, remata.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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