Ronaldinho Gaúcho passa noite em prisão no Paraguai que já recebeu traficante do Comando Vermelho

Presos na noite desta sexta-feira no Paraguai, Ronaldinho Gaúcho e o seu irmão Roberto de Assis, passaram a noite na Agrupación Especializada da Polícia Nacional, uma instalação no Paraguai que recebe apenas casos de maior relevância. A informação foi avançada pela Globo.com, que acrescenta que um dos presos mais conhecidos do local foi o traficante brasileiro Marcelo Pinheiro Veiga, conhecido como Marcelo Piloto, um dos chefes do Comando Vermelho. Veiga, conforme o órgão, passou cerca de 11 meses detidos nessa cadeia, até ser enviado de volta para o Brasil, em novembro de 2018.

Em fevereiro, o deputado paraguaio Miguel Cuevas foi preso na Agrupación Especializada, acusado de enriquecimento ilícito e tráfico de influência. Também já passaram pelo local outros políticos e dirigentes desportivos, como o ex-senador Óscar González Daher, e seu irmão, Ramón González Daher, ex-presidente do Sportivo Luqueño e ex-vice da Associação Paraguaia de Futebol.

Como a cadeia para onde foram levados tem caráter especial, Ronaldinho e Assis não precisaram dividir cela com presos comuns. Hoje, Sábado, a Justiça paraguaia decidirá se revoga o pedido de prisão preventiva ou se os dois brasileiros permanecerão detidos no país. Conforme o advogado, Ronaldinho colaborou desde o primeiro momento, mas evitou comentar se o jogador da selecção brasileira poderá sair em breve.

Prisão preventiva decretada logo após depoimento de mais de seis horas

Ronaldinho Gaúcho e Assis prestaram depoimento ontem, sexta-feira, durante seis horas perante o juiz Mirko Valinotti, do Juizado Penal de Garantias de Assunção. Depois de ouvi-los, o magistrado disse que não aceitou a tese do Ministério Público do Paraguai, que considerava os dois brasileiros livres de processo por terem colaborado com a investigação. Valinotti decidiu dar dez dias de prazo para o MP investigar o caso e dar seu parecer definitivo.

Apesar da decisão de Valinotti, Ronaldinho e Assis não tinham, naquele momento, impedimento legal para deixar o Paraguai, e planejavam voltar para o Brasil na madrugada deste sábado. No entanto, após o pedido do juiz Valinotti, o MP paraguaio decidiu solicitar a detenção dos dois irmãos para impedi-los de deixar o país.

C/ Globo.com

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