O ritmo de crescimento económico abrandou fortemente nos primeiros três meses deste ano, registando valores muito baixo este trimestre, revela o Instituto Nacional de Estatística no “Inquérito de Conjuntura aos Agentes Económicos”, que só voltará a ser actualizado em Julho próximo. O INE admite que, devido a pandemia da Covid-19, teve dificuldades em fazer a recolha de dados mas, garante que a conjuntura económica é desfavorável, o que já era previsível.
Todos os indicadores que medem a conjuntura económica no país recuaram para terreno desfavorável neste trimestre. No comércio em estabelecimento registou-se o valor mais baixo dos últimos 10 trimestres consecutivos. As dificuldades financeiras e a insuficiente procura foram os principais constrangimentos relatados pelos agentes económicos. A situação é ainda mais grave no turismo. O índice de confiança inverteu a tendência ascendente e este indicador registou o valor mais baixo em 14 trimestres consecutivos devido a pouca procura e a dificuldades financeiras.
O indicador construção também recuou significativamente e situa-se neste momento abaixo da media de série. Nesta altura, ninguém arrisca construir por isso os relatos de falta da procura e dificuldades na obtenção de crédito bancário. No comercio em feira, a situação que já era difícil, complicou-se ainda mais. O mesmo cenário se verifica na industria transformadora que evolui negativamente face ao período homologo. Neste indicador a pandemia do covid-19 foi apontado como o principal constrangimento.
Nos transportes e serviços auxiliares, como já era esperado tendo em conta a paralisação quase total das viagens aéreas em marítimas decretada pelo Governo, o indicador caiu para valores mais baixos dos últimos sete trimestres. Os empresários não têm duvidas de que a pandemia do covid-19 afectou grandemente este sector no primeiro trimestre.