Mandingas da Ribeira Bote tencionam fazer primeiro assalto este Domingo na “zona libertada”

Os mandingas da Ribeira Bote pretendem invadir este Domingo à tarde a “zona libertada” no seu primeiro assalto deste ano. Isso vai depender, no entanto, da autorização da Câmara de S. Vicente e da Polícia Nacional. Segundo Tau, presidente do grupo, todos os esforços vão no sentido de darem o pontapé de saída com a já tradicional volta pelas artérias da Ribeira Bote.

“Estamos já a ultimar os preparativos e esperamos contar com a devida autorização das autoridades. Este ano sinto que vamos ter um grande Carnaval, sem a ‘riola’ que tivemos no ano passado entre a Liga dos Grupos de Carnaval e o Vindos do Oriente. Podemos todos canalizar as nossas energias para uma festa de grande nível”, diz Tau, que se autodenomina “mandinga d’coração”. Neste momento, no entanto, tem o cargo directivo à disposição por falta de tempo para gerir o grupo. Como diz, as exigências são muitas e, por conta dos desfiles aos domingos, acabou por faltar ao trabalho dezanove vezes.  Algo que ele não quer repetir este ano, se contar com o apoio de outras pessoas. Só que, diz, isso já são contas de outro rosário.

“Tirando o Vandy, as outras pessoas são membros da direcção só de boca. Há quem apareça só nas vésperas dos desfiles, quando tudo já está preparado. Uma coisa é certa, eu não vou abandonar os Mandingas da Ribeira Bote, enquanto não aparecer alguém para assumir as rédeas, por mais cansativo que isso seja”, desabafa Tau.

Este ano, os mandingas tencionam fazer seis assaltos, sem contar com o do enterro. Os trajectos, garante Tau, serão mantidos em segredo para obrigar as pessoas a se juntarem aos foliões na sede da Ribeira Bote e partirem como uma grande massa humana. “Se dissermos antes, as pessoas ficam à nossa espera pelo caminho, mas preferimos partir daqui com toda aquela vibração”, salienta Tau, assegurando que o pó para enegrecer a pele dos “guerreiros d’saia d’sisal” já foi encomendado e deve chegar a S. Vicente dentro de dias.

KzB

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