Dexametasona usado em CV no tratamento de doentes críticos de Covid-19

O medicamento dexametasona está a ser usado também em Cabo Verde no tratamento dos doentes críticos de Covid-19 e, segundo o infectologista Jorge Barreto, um paciente tratado com esse fármaco na cidade da Praia teve alta hospitalar hoje. No entanto, Barreto deixou claro que o medicamento, usado fundamentalmente em pacientes em estado grave, não combate directamente o vírus, mas sim possibilita a redução do efeito na modulação da resposta inflamatória, situação que acaba por levar ao óbito. Deste modo, prossegue Barreto, pode ajudar a diminuir as lesões nos órgãos e tecidos e possibilitar a recuperação.

O medicamento, acrescenta o director do Serviço de Prevenção e Controlo de Doenças, está a ser testado num outro paciente do Hospital Agostinho Neto e num doente internado na ilha do Sal.

O dexametasona já começa a ser visto como uma esperança para o tratamento da Covid-19, principalmente dos doentes em estado crítico. No entanto, ainda as informações são escassas. O que se sabe é que foram feitos estudos no Reino Unido e que os resultados apontaram para a redução considerável da mortalidade entre os pacientes ligados a ventiladores e que usaram o medicamento.

O fármaco não mostrou, entretanto, qualquer eficácia quando administrado em pacientes que não necessitavam de oxigénio. Mesmo assim, a Organização Mundial da Saúde mostrou-se satisfeita com a descoberta feita pelos médicos ingleses.

Considerado um medicamente barato e disponível em todo o mundo, é mais frequentemente usado no tratamento de inflamações da pele (eczema) e das articulações (artrite) e edemas cerebrais causados por tumores, bem como para prevenir náuseas e vómitos em resultado do tratamento do cancro. No caso da Covid-19, esse corticóide sintético reduz a inflamação e ajuda na recuperação dos doentes.

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