As autoridades sanitárias e da protecção civil iniciaram ontem uma campanha de desinfecção de toda a ilha de S. Vicente. A primeira intervenção abrangeu o centro da cidade do Mindelo, mais propriamente a rua da Delegacia de Saúde até a Rua de Lisboa e algumas das artérias da cidade consideradas mais urgentes neste momento. Essa área foi descontaminada por uma equipa composta pelos Bombeiros Municipais, Polícia Nacional e a Delegacia de Saúde, que teve o cuidado de abranger logo no primeiro dia a casa da cidadã chinesa infectada.
Durante o dia de ontem, o grupo esteve ainda na casa da empregada doméstica que trabalha com a chinesa. A desinfecção envolveu ainda a rotunda Jom Teca e a rua dos Salesianos, isto é, da Casa de Criança à Pracinha Dr. Regala.
O objectivo, de acordo com o vereador José Carlos, é atacar as zonas estratégicas da cidade onde há uma maior concentração de pessoas e prevenir o aparecimento de novos casos de Covid-19 na ilha de S. Vicente. Hoje, a campanha prossegue e tem como um dos pontos identificados o Mercado de Peixe e limítrofes e, nos próximos dias, haverá uma desinfecção das paragens de autocarros.
“A água utilizada possui uma mistura com um produto apropriado para estes casos e a dosagem é a recomendada pela Delegacia de Saúde. O produto foi recomendado pelo Ministério da Saúde e comprado na empresa Valquímica”, explica José Carlos, vereador da área da protecção civil da CMSV. Este acrescenta que esta técnica de desinfecção pode ser feita em casa pelas famílias, desde que sigam as recomendações.
Segundo o ministro Paulo Veiga, esta intervenção é a mesma ocorrida na ilha da Boa Vista e cidade da Praia, os outros pontos do país com casos positivos de Covid-19. Veiga assegura que essa acção vai envolver toda a ilha de S. Vicente e chegar às localidades do litoral, como S. Pedro, Calhau, Salamansa… Sublinha, no entanto, que neste momento é preciso agir com base em prioridades. E o centro da cidade, diz, é um desses pontos quentes.
Sidneia Newton (Estagiária)