Trump ausente da cimeira EUA-África

Mais de mil representantes dos sectores económicos da África e dos Estados Unidos e chefes de Estado reúnem-se a partir desta terça-feira em Maputo. O grande ausente desta Cimeira EUA-África, que decorre até sexta-feira é o Presidente norte-americano, Donald Trump, informa a Deutsche Welle.

Entre os oradores contam-se os Presidentes do Quénia, Uhuru Kenyatta, e do Ruanda, Paul Kagame. Também os chefes de Estado da Guiné-Bissau, do Malawi, da Namíbia e do Zimbabwe estarão presentes. Já Trump será representado pela vice-secretária do Comércio, Karen Dunn Kelley.

Apesar de o comércio entre o continente africano e os Estados Unidos representar apenas 1,5% do comércio exterior norte-americano, calcula-se que só na África do Sul haja mais de 600 empresas norte-americanas, incluindo algumas das maiores empresas dos EUA, recorda a DW.

 Em 2016, os Estados Unidos investiram quase 10 milhões de dólares (8,9 milhões de euros) em ajuda em África, mais do que a União Europeia (UE), que contribuiu com cerca de 6,3 milhões de dólares (5,6 milhões de euros).

A Agência dos EUA para o Comércio e o Desenvolvimento anunciou a intenção de apoiar o sector privado na África Subsaariana para que a região não fique tão dependente do desenvolvimento dos Estados Unidos ou da assistência humanitária internacional.

A União Europeia é, ainda assim, o maior parceiro comercial de África, com um volume de exportações de 827 mil milhões de dólares em dez anos. Também a China está muito presente no continente africano, sendo o seu maior doador. Entre 2000 e 2017, aquele gigante asiático concedeu 143 mil milhões de dólares em empréstimos a Estados e empresas africanas.

A Cimeira é organizada de dois em dois anos pelo Conselho Corporativo para África, uma associação comercial sediada nos Estados Unidos. Esta edição tem como lema “Promover uma parceria resiliente e sustentável” e está a discutir estratégias para a promoção de empresas e investimentos, em sectores como agricultura, energia, finanças, infraestruturas e saúde.

C/Expresso.pt

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