Irmã mais velha chama Trump de “cruel” e “mentiroso”

A irmã mais velha de Donald Trump descreveu o presidente norte-americano como cruel e mentiroso, cuja falta de princípios faz com que não possa ser de confiança, de acordo com uma gravação secreta divulgada pelo The Washington Post. A gravação foi feita pela sobrinha, que publicou recentemente um livro sobre a família toxica de Donald Trump.

Maryanne Trump Barry, uma antiga juíza de 83 anos, criticou o irmão por causa da política de imigração que obrigou a separar as crianças dos pais na fronteira e enviá-las para centros de detenção. “Tudo o que ele quer fazer é apelar à sua base”, disse na gravação. “Não tem princípios. Nenhum.”

As gravações foram feitas em segredo pela sobrinha de Trump, Mary, que publicou no mês passado um livro de memórias sobre a “família tóxica” que produziu Trump. O irmão mais novo do presidente, Robert, que morreu na semana passada, foi a tribunal para tentar impedir a publicação do livro. 

Este alegava que Mary estava a violar um acordo de confidencialidade que tinha assinado em 2001 após acertarem os pontos em relação à fortuna do avô, mas não conseguiu impedir que o livro chegasse às livrarias.

Cerca de 950 mil cópias foram vendidas no dia em que as memórias foram postas à venda, com a Casa Branca a falar de um “livro de falsidades”

Na gravação, Maryanne Barry diz à sobrinha:“É a falsidade de tudo. É a falsidade e a crueldade. Donald é cruel.”

A gravação também permite perceber quem é a fonte da alegação embaraçosa, feita no livro, de que o presidente pagou a alguém para fazer o exame para entrar na universidade por Trump. “Ele entrou na Universidade da Pensilvânia porque teve alguém que lhe fez os exames”, disse Barry, acrescentando que se lembrava até do nome do homem.

Em resposta, a Casa Branca emitiu um comunicado para os media de Trump que dizia: “Todos os dias é mais alguma coisa, quem se importa. Eu sinto a falta do meu irmão e vou continuar a trabalhar arduamente pelo povo americano. Nem toda a gente concorda, mas os resultados são óbvios. O nosso país será em breve mais forte do que alguma vez foi!”

C/DN.PT

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