Jornalista F. Fonseca vítima de golpe: Cartão24 usado para compra online só com números da frente e do verso

O jornalista Fernando Fonseca foi vítima de um golpe “inusitado” com o seu Cartão24, mas, para ele, é preciso alertar a sociedade pela forma como a transação aconteceu. Por aquilo que apurou, alguém conseguiu copiar e usar os números impressos na frente e verso do seu cartão e retirar uma determinada soma da sua conta, quando estava dentro do avião no aeroporto Nelson Mandela, de regresso à ilha de S. Vicente.

Segundo Fonseca, o movimento foi feito na cidade da Praia, mais precisamente no Platô, como ficou provado pelo seu banco, por volta das 18 horas do dia 29 de Novembro. “Estava numa formação na cidade da Praia e fiz um movimento com o meu cartão no Platô nesse dia. No dia 30 fiz outro movimento no Palmarejo e restou uma certa quantia. Cheguei a S. Vicente no Sábado à noite e no Domingo, dia 1 de Dezembro, fui usar o meu cartão e deparei com essa situação. Na Segunda-feira fui ao banco e, depois de um contacto com o técnico informático da empresa, ficamos a saber que o dinheiro foi retirado na cidade da Praia. Fiquei escandalizado”, confessa Fernando Fonseca, que estranhou como essa operação aconteceu já que teve o Cartão24 sempre consigo.

Como apurou o Mindelinsite, o cartão electrónico foi usado para pagamento de uma compra de produtos numa loja via internet. Como ele e este jornal foram esclarecidos por um técnico bancário, isso é possível desde que alguém tenha acesso aos números impressos na parte dianteira e no verso do cartão. De entre eles, o chamado CVB, que é um código de apenas 3 dígitos. “Alguém pode ter acesso a esses dados se fotografar um cartão, por isso temos de estar muito atentos quando entregamos o cartão a outrem”, alerta essa fonte, lembrando que há lojas virtuais que aceitam o Cartão24 tal como acontece com o Visa. É o caso, por exemplo, das companhias aéreas, que aceitam pagamento dos bilhetes via internet.

A quantidade de informação solicitada ao cliente, prossegue, depende do nível de segurança das plataformas de venda online. No caso, bastaram os números presentes no cartão de Fernando Fonseca. Nessas situações, o procedimento habitual é bloquear o cartão, o que foi feito de imediato. Agora, Fernando Fonseca vai formalizar uma queixa ao banco, que será remetida para investigação pela SISP – Sociedade Interbancária de Sistema de Pagamentos.

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