A 9ª edição da gala musical “Vozes das Ilhas”, organizada anualmente pela Serenata Produções, vai trazer a São Vicente 14 artistas, representando todas as ilhas do arquipélago, de Santo Antão a Brava, incluindo a desabitada Santa Luzia. O espectáculo está marcado para o próximo dia 24 do corrente mês, no Hotel Porto Grande.
Trata-se do primeiro grande evento do ano a cargo da Serenata Produções, empresa que aposta na sua experiência acumulada em todas as edições anteriores deste certame para oferecer ao seu fiel público mindelense um espectáculo de grande qualidade, de acordo com Kikas Silva. “Vamos ter um leque muito diversificado de artistas, oriundos de todas as ilhas. São artistas escolhidos pelas Câmaras Municipais, nossas parceiras, que têm a responsabilidade de representar e defender as suas ilhas”, frisa.
Kikas Silva admite que, não obstante as autarquias suportarem as deslocações dos cantores a São Vicente para participar desta gala, às vezes a organização sugere alguns que considera com perfil e qualidade para representar as suas ilhas. “Mas a palavra final, é claro, sempre é das Câmaras Municipais. Para nós é indiferente que seja um artista de topo ou iniciante na carreira, o importante é a qualidade”, pontua.
Já na ilha de São Vicente, as escolhas são por consenso da Serenata Produções, sendo os critérios básicos que estes saibam interpretar com mestria a Morna e a Coladeira. Questionado sobre o porquê da indicação de um conhecido artista mindelenese, no caso Ilo Ferreira, para representar Santa Luzia, Kikas Silva explica que se trata de uma “brincadeira” para apimentar esta grande gala da música de Cabo Verde.
“O importante é que seja um grande espectáculo, e vai ser, tendo em conta a experiência que trazemos das edições anteriores. Sempre que fazemos um espectáculo pensamos logo que o próximo será diferente para melhor. E nesta 9ª edição estamos a elevar a fasquia ainda mais, já perspectivando a próxima”, explica, lembrando que o propósito desta gala é aproximar as ilhas e os seus artistas.
Por isso mesmo, desafia desde já o publico a marcar presença porque, diz, será uma grande gala. “Pelo segundo ano consecutivo a nossa gala vai acontecer no Hotel Porto Grande. Gostaríamos que fosse num espaço fechado, sobretudo nesta época do ano que faz um friozinho, mas o nosso público já está acostumado e prometemos que não vai sentir frio. A música e os nossos artistas vão garantir o calor necessário.”
Kikas Silva acredita que, à semelhança das edições anteriores, terão sala cheia, sobretudo agora em que, a seu ver, os cabo-verdianos estão a apreciar muito mais a Morna e a Coladeira, sobretudo depois da elevação do primeiro a Património Imaterial da Humanidade. “É um facto que as pessoas estão a aderir aos nossos concertos em maior numero, tanto aqui no país como lá fora. Parece-me que despertaram e perceberam que a música de Cabo Verde tem sabor para ouvir, cantar e dançar.”
Constânça de Pina