A OMCV em São Vicente acolhe jovem artista santantonense, autodidata, que trabalha com varias formas de arte, mas resolveu investir na arte sustentável e no desenho realista. O propósito desta ong é expor as sua peças manufaturadas, como forma de conseguir parceiros nacionais e internacionais que possam financiar as criações de Emeline Fonseca, bem como outros artista.
Fátima Balbina, delegada da OMCV-São Vicente, explica que é objectivo da organização acolher e apoiar qualquer forma de empoderamento, sobretudo para jovens-mulheres. Foi neste sentido que abriu as portas para esta jovem, que inicialmente procurava emprego mas carregava alguns trabalhos que evidenciavam o seu talento. “Oferecemos de imediato a esta jovem condições para aperfeiçoar a sua parte e elevar a sua autoestima”, afirmou.
Desde sempre, diz esta responsável, Emmelida mostrou talento e entusiasmo nas formações de costura, costumização, tanto que aumentou cada vez mais a expetativa do sucesso da exposição e no seu progresso enquanto artista. “A arte nasce com a pessoa e acredito que, se lhe estendermos a mão, ela seguirá em frente”, frisou, revelando que ambas tiram proveito da exposição que divulga o trabalho da artista e atrai parceiros possam custear o material necessário para esta e outros beneficiários.
Emeline Fonseca, 26 anos, conta que enfrentou muitos desafios no meio em que cresceu, porém o seu refúgio sempre foi a arte. Encontrou formas de se entreter e expressar com bordados, renda, costura, arte sustentável e desenho realista, este hoje o seu foco. Desenvolveu as suas técnicas através de tutoriais. Mas mesmo considerando a arte o seu retiro, a jovem admite nunca ter-se importado com conhecimentos académicos, algo que hoje lamenta.
Contudo, afirma, ao ser acolhida pela OMCV teve a oportunidade de aprimorar-se a nível tecnico e ganhou uma outra motivação para retomar e finalizar os seus estudos. Agora Emmelida diz sentir-se em casa.Mas não pretende acomodar-se com as formações e e trabalhos que produz na OMCV. Nos seus tempos livres, revela, dedica-se a complementar o seu rendimento com desenhos de peças de vestuário e retratos a carvão e multicores.
“Os resultados da minha parceria com a OMCV são óbvios, com aprendizagem em várias áreas do ramo artístico. As minhas obras melhoraram e valorizaram-se ainda mais. Tenho tido feedbacks positivos
através das redes sociais e também mais encomendas de peças”, comemora. Fruto deste crescimento, a jovem já pensa em abrir o seu ateliê e iniciar um empreendimento. “Não há nada melhor do que exercer aquilo que gostamos,” remata esta entrevistada Mindelinsite.
Andrea Lopes (Estagiária)