A Associação Artística e Cultural Mindelact cancelou a assembleia-geral, agendada para o dia 21 de março, e o lançamento da Colectânea de peças de Valódia Monteiro. Decidiu igualmente suspender as comemorações do Dia Mundial do Teatro e a atribuição do Prémio de Mérito Teatral, no dia 27.
O presidente do Mindelact justifica a medida com a situação provocada pela pandemia do coronavírus. “Em nome da responsabilidade social decidimos suspender as nossas actividades para este mês. Entendemos que temos de evitar todas acções que propiciam a aglomeração de pessoas. Esta é a regra número 1 de convivência e de prevenção nesta altura”, afirma, deixando claro que o “Mindelact não quer passar uma mensagem de alarme, mas sim de prevenção”.
Já o Centro Cultural Português cancelou o K Cena e a exibição da peça “As palavras de Jô”, o grupo de teatro da Escola Salesiana deArtes e Ofício a apresentação de “O Arco da Arte” na Academia Livre de Artes Integradas (ALAIM), que deverá fechar as portas por estes dias. A expectativa é de que outros espaços culturais também venham a seguir pelo mesmo caminho.
“A decisão de cancelar os espectáculos de Março Mês de Teatro depende dos grupos e das estruturas que os defendem. Não depende do Mindelact, tendo em conta que está é uma actividades cujos espectáculos são da responsabilidade dos grupos. O que posso garantir que os do CCP e os que deveriam ser apresentados no ALAIM estão todos cancelados”, assegura.
O curso de Dramaturgia que decorria no CCP também foi suspenso, devendo ser no entanto retomado “online”. “Estamos a fazer a nossa parte. Por exemplo, a biblioteca do CCP continua aberta, mas as mesas foram colocadas numa disposição para que as pessoas fiquem no mínimo com um metro e meio de distância. Estamos a seguir os procedimentos aconselhados pela Organização Mundial da Saúde. É a única forma de prevenirmos nesta fase porque não há vacinas e nem medicamentos.”
Na procura alternativa, Germano Almeida, que chegou a ser hospitalizado com suspeita de contaminação com Covid-19, decidiu inovar. Suspendeu o lançamento do livro “O Último Mugido” e optou para fazer vendas autografadas, com entregas à domicilio, através de “Mussin d’ Mandob”.