Irlando Ferreira agradece mensagens de apoio e deseja sucessos à nova direção do CNAD

Irlando Ferreira publicou uma nota na sua página no Facebook para reagir aos recentes acontecimentos relacionados com o término da sua comissão de serviço como director do Centro Nacional de Artes, Artesanato e Design (CNAD), com efeitos a partir do dia 1 de setembro. O ex-gestor do CNAD agradece as manifestações de solidariedade e deseja sucessos à nova direção liderada por Artur Jorge Lima Marçal, cuja nomeação saiu no Boletim Oficial de 6 de setembro.

Ferreira começa por dizer que agradece a todas as pessoas e instituições publicas e privadas que manifestaram o seu apreço, atenção e solidariedade pelo trabalho desenvolvido pela sua equipa no centro nos últimos sete anos. Este reconhecimento, assume, deixa-o honrado e agradecido, pois, para ele, não existe maior alegria e sentimento de realização do que ver o seu trabalho, empenho e esforço merecerem o respeito e consideração de todos, em particular dos colegas do sector das artes criativas, assim como dos seus pares. “Não existem palavras suficientes para agradecer, escreve o ex-gestor do CNAD.

Todavia, prossegue, o trabalho foi sempre um projecto colectivo, validado pela tutela do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas. Os ganhos, assegura Irlando Ferreira, foram possíveis porque todos os elementos da sua equipa deram o seu melhor.

“Tive a oportunidade e felicidade de liderar uma equipa extraordinária, tanto aquela que faz parte do núcleo fixo do CNAD como todas as pessoas que fazem e fizeram parte desta rede – artesãos, artistas, designers, professores, investigadores, arquitectos e demais criativos e técnicos das mais variadas áreas”, acrescenta.

Sobre a sua demissão, Irlando Ferreira evita entrar em detalhes. Faz questão de frisar, no entanto, que as motivações que o levaram a manter-se no cargo foram sempre, além da história da instituição, os resultados e reconhecimentos preconizados e alcançados para o sector e seus actores. Termina a nota, reiterando os seus agradecimentos e a endereçar votos de sucessos à nova direção do CNAD, pois, para ele, o centro, a cultura e Cabo Verde merecem o melhor de cada um. Afirma que será com esse espírito que continuará a servir o CNAD e a cultura cabo-verdiana.

Irlando Ferreira foi afastado da direção do CNAD por decisão do Conselho de Ministros, um mês após a renovação do centro, o que apanhou a sociedade cabo-verdiana de surpresa, tendo em conta a qualidade do trabalho que vinha executando. Essa medida levou um grupo de 106 cidadãos, ligados a diversas áreas, a enviar uma carta ao ministro da Cultura Abraão Vicente a contestar o que consideram ser uma “inoportuna demissão”. Os subscritores dizem entender que os cargos são temporários, mas salientam que as razões apresentadas para a substituição de Ferreira não são suficientes nem convincentes.

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