Mais de duas dezenas de artistas de São Vicente vão protagonizar este Sábado, 14 de Dezembro, um concerto solidário para com o guitarrista mindelense Jorge Silva, mais conhecido no meio por “Djodje Borr” ou “Djodje d’Mari Preta”, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que o deixou com sérias limitações. A organização deste evento musical, que tem a jovem cantora Cremilda Medida como cabeça-de-cartaz, é da responsabilidade da Serenata Produções.
“Vamos fazer este espetáculo a favor do nosso colega Djodje Borr, que neste momento está a enfrentar sérias dificuldades devido a um AVC. É um grande artista, que tocava guitarra e saxofone, mas que hoje já não consegue mostrar a sua arte por causa das limitações”, diz o produtor Kikas Silva, realçando que toda a receita do espetáculo será para o músico, seu colega de longos anos como guitarrista na banda Serenata.
O espetáculo será musical, sendo que para o efeito foi convidado um grande leque de artistas, caso de, a par de Cremilda Medina, Jorge Silva, Constantino Cardoso, Jorge Sousa, Dudu Araújo, Edson Oliveira, entre outros. “Estamos a falar de mais de duas dezenas de artistas que vão subir ao palco neste show solidário. Todos aceitaram abdicar dos cachet a favor de Djodje. Vão interpretar músicas de Cabo Verde, com enfoque para a Morna e a Coladeira”, pontua Kikas, lembrando que a Serenata Produções prima por promover músicas d’terra, sobretudo agora que a Morna busca o reconhecimento enquanto Património Imaterial da Humanidade. “Temos de valorizar ainda mais a nossa música e os nossos artistas”, frisa.
Djodje Borr tem 60 anos e está na banda Serenata desde a sua fundação, ou seja desde 1996. Antes já tocava com outros músicos e instrumentistas, caso de Noel Fortes. É considerado um exímio tocador de guitarra, mas ultimamente também passou a tocar saxofone. Integra também a Banda Municipal. É natural da ilha de S. Vicente e reside actualmente em Monte Sossego, zona do Cemitério.
O espetáculo solidário de Sábado, refira-se, fecha o ano de actividades da Serenata Produções, que inicia em Janeiro e termina em Dezembro. Sobre este particular, Kikas Silva garante que o ano que agora finda foi positivo porque conseguiram cumprir o objectivo de realizar um show mensal. “Acredito que somos a única produtora de eventos a realizar 12 espetáculos por ano. Estamos satisfeitos com a aposta feita na nossa música. Posso afirmar, sem medo de errar, que 98% das composições interpretadas nos nossos espetáculos são de Cabo Verde”.
Constânça de Pina