Da Costa do Marfim para a Praça Estrela: Zoum investe em panaria africana para “colorir ainda mais” os cabo-verdianos

O marfinense Anzoumanan “Zoum” Ouattara escolheu São Vicente para praticar costura e a tendência para o uso de tecidos africanos tem feito com que seus serviços sejam muito requisitados na Praça Estrela, onde tem o seu atelier. O diferencial, para este costureiro, está na eficiência e rapidez que o fazem ganhar novos clientes e fidelizar os antigos.

“Os meus clientes costumam dizer que sou o melhor costureiro de roupas africanas por causa da minha experiência, que me leva a ser mais rápido e a oferecer um serviço de qualidade”, assegura este costureiro. O tempo que dura confeccionar um vestuário varia entre horas e um dia, desde a ideia à entrega das peças. Para além da costura, carrega uma “veia artística” de designer de moda, que cria e personaliza as roupas de cada cliente.

Conta que levou seis anos a estudar costura no seu país de origem, Costa do Marfim. Quando chegou a São Vicente, em 2011, seguindo as pegadas do pai que trabalha também na Praça Estrela no ramo da sapataria, decidiu também montar o seu negócio. Desde então, optou por adaptar o nome para Zoum, para facilitar os mindelenses na pronúncia.

O jovem marfinense revela que escolhe os tecidos pessoalmente no Senegal porque assim assegura “a qualidade e diversidade” necessárias. Felizmente, a profissão de costura parece estar a resistir a era de roupas importadas. O segredo, assegura o entrevistado ao Mindelinsite, está nos profissionais perceberem o mercado e oferecerem a personalização que a clientela, maioritariamente feminina, não encontra nas roupas “prontas a vestir”.

Também mantém modelos como amostra, ou que vende aos turistas. Além de um desfile que fez num dos hotéis da ilha, tem usado o Facebook e a clientela para fazer a publicidade da sua costura, onde as cores vivas e a elegância no corte das peças chamam a atenção.

Sidneia Newton (Estagiária)

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