O grupo de artistas que organizou na noite de sábado o espectáculo solidário para apoiar o instrumentista Tey Santos entregou aos filhos um cheque no valor de 400 mil escudos. Mas, mais do que o dinheiro angariado, todos se mostraram satisfeitos com o alto nível do espetáculo como por ter alcançado o objectivo preconizado. “Foi um show que encheu-nos todas as medidas”, diziam.
“Foi um espetáculo preparado ao pormenor por uma causa justa. Era bom o Tey ter estado aqui connosco esta noite. Mas, independente disso, foi espectacular. Encheu-me todas as medidas”, declarou José Pedro Mariano, afirmando que foi um espetáculo que valeu por tudo, pela solidariedade e pela qualidade. “Foi um show organizado à medida do nosso Tey”, sublinhou.
O músico Noel Fortes também manifestou a sua satisfação pelo show e augurou a sua reposição. “Infelizmente só tive conhecimento deste espetáculo depois de estarem com o cartaz fechado. Gostei imenso de tudo. A banda suporte foi espectacular, vi boas atuações de artistas de gerações diferentes. Só peço que quando as pessoas interpretam alguma música, que nos informem quem é o autor. Ouvi aqui temas belíssimas, mas algumas não sabia quem é o autor.”
Presença assídua nos espetáculos na Academia Jotamont, Maria Isabel Gomes não se coibia de expressar a sua alegria. “Gostei de tudo, principalmente desta homenagem que fizeram ao Tey. Ouvi boa música e, de alguma forma dei a minha contribuição. Se repetirem este show concerteza estarei aqui de novo. Saio daqui satisfeita e de alma e espirito cheios com este espetáculo.”
Zizi Vaz, uma das muitas vozes que passou pelo palco durante as mais de duas horas de espetáculo, também expressou a sua gratidão e alegria por participar. “Foi muito emocionante. Todos participaram desta homenagem estão aqui por Tey, artista que merece muito carinho. Ao longo da sua carreira, ajudou muitos artistas na gravação dos seus trabalho. E o ambiente aqui esteve muito bom. Ouvimos musicas muito boas e vozes espectaculares”, reforçou.
Emocionados, os filhos agradeceram pela iniciativa e pela estima demonstrada ao pai. “Estamos todos muitos felizes. O meu pai não pôde estar aqui, mas agradece imenso por este espetáculo solidário e por todo apoio que tem recebido. Só podemos agradecer. O nosso pai sempre nos fala do seu trabalho, da sua historia e como se tornou conhecido”, afirmou Abdulay Santos.
Quando ao cheque no valor de 400 mil escudos que receberam da organização deste espetáculo, Abdulay garante que vai ajudar muito no tratamento de Tey. “Não tenho palavras para explicar como me sinto neste momento. Foi uma iniciativa muito bonita. Espero que haja mais para ajudar outras pessoas que também mereçam. O meu pai está muito satisfeito. Antes de vir para aqui, estivemos a conversar e acompanhou todo o espetáculo a partir de casa.”
Nolito Pinheiro era o rosto da satisfação e da alegria por terem alcançado os objectivos preconizados. “Fiquei muito feliz ao ver as pessoas encheram a Academia. Não esperávamos que, uma semana antes, todos os ingressos estivessem vendidos. Infelizmente, muitas pessoas não puderam estar aqui e estão a pedir a repetição, mas é difícil. Organizar um espetáculo desta envergadura, com 20 artistas e muitos músicos no palco, é estressante. Vamos dar um tempo mas, quem sabe, mais tarde.”
Nolito agradeceu o envolvimento do público mindelense, mas também da diáspora, desde os EUA, Holanda, Portugal, França, etc. “Tivemos ajuda de muitas pessoas. Algumas depositaram alguma quantia, outros compraram ingressos a partir do exterior mesmo não conseguindo estar presentes, com a condição de que estes fossem novamente colocados a venda. Foi algo extraordinário. E conseguimos um bom montante, que vai ser de grande ajuda no tratamento do nosso amigo Tey Santos.”
Após ter estado internado no Hospital Baptista de Sousa, neste momento o instrumentista Tey Santos encontra-se em casa. Tanto o filho Abdulay como Nelito Pinheiro fizeram questão de afirmar que se encontra lúcido e acompanhou todo o espetáculo solidário, que foi transmitido pela Sport Mídia. Já o público foi recebido por uma pintura de Elsa Marley, que enviava energias positivas ao instrumentista.
