UCID quer agendamento de urgência pela AN de debate sobre petição dos “militares de 1975”

A UCID exigiu hoje o agendamento pela Assembleia Nacional do debate sobre a petição enviada pela AMINCOR75 – Associação dos Militares de 1975 – há mais de dois anos a exigir o reconhecimento pelo Estado do papel que os soldados da primeira incorporação de 1975 desempenharam no processo de libertação nacional. Segundo António Monteiro, foi prometido ao partido que esse assunto seria impreterivelmente tratado este ano, mas ficou desapontado ao verificar que nada disso vai acontecer. “Foi-nos dito que seria em Julho, depois passou para Outubro, mais tarde para Novembro e foi-nos assegurado que esta matéria não iria passar deste ano. Entretanto, não consta da sessão de Dezembro”, revela Monteiro, que quer um agendamento do assunto mesmo que seja em regime de urgência como, disse, tem acontecido diversas vezes.

No entender deste político, o Estado tem um dever patriótico para com esses cidadãos que se alistaram voluntariamente nas Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP) em 1975, ainda antes da Inpendência, para lutar pela soberania do país. Este lembra que na altura eram jovens de 17-19 anos, mas que hoje, 45 anos depois, já são senhores de cabelos brancos e muitos deles vivendo na miséria, pedindo esmola à porta das igrejas. Aliás, segundo Monteiro, já houve inclusivé ex-militares dessa incorporação que faleceram na miséria.

Há mais de sete anos, diz Monteiro, que a UCID vem colocando o dedo nessa tecla. Como diz, se não fossem esses jovens talvez a libertação chegasse mais tarde.

Aliás, Manuel Fortes, representante da associação Amincor75 em S. Vicente, trouxe como exemplo o levantamento popular na Ribeira Bote, que ficou baptizada como Zona Libertada, e outra acção parecida ocorrida em Ponta Belém, na cidade da Praia. Acontecimentos que, diz, tiveram uma grande influência no processo da Independência em curso.

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