O líder da UCID está descontente com a descida de Cabo Verde de cinco lugares, para ocupar agora a posição 88 do ranking mundial de turismo numa lista de 140 países, conforme divulgado esta semana pelo Fórum Económico Mundial. O arquipélago perdeu cinco posições em dois anos, pontuação que preocupa esse partido, apesar de Cabo Verde estar cotado na sexta posição em termos de competitividade turística, no contexto africano.
“Preocupa-nos a problemática da saúde, um dos indicadores, dos recursos naturais e dos recursos culturais”, enumera Monteiro, que se mostra surpreso com o facto de Cabo Verde estar a quatro posições da cauda da tabela no quesito cultura, quando internamente proliferam discursos elogiando a “força” da cultura cabo-verdiana. Inconformado, António Monteiro pede ao Governo para passar a trabalhar da melhor forma a questão cultural, fazer um maior investimento neste sector para que a cultura seja um verdadeiro atrativo turístico. “Infelizmente o estudo mostra que a nossa cultura não é tão forte e deita por terra os argumentos que os governantes têm utilizado de que os cidadãos do mundo procuram-nos devido a nossa cultura”, sublinha.
A questão dos recursos humanos é outro ponto que, para a UCID, carece de uma maior atenção, uma vez que o país ocupa a posição 94 nesse ranking. “Esse facto diz-nos que precisamos investir muito mais na qualificação dos nossos recursos humanos, para que possamos ter um país dotado de técnicos capacitados e assim vender um serviço turístico da melhor forma possível”, acrescenta António Monteiro.
Outro sector em que o país se mostra exposto, de acordo com este dirigente partidário, é a saúde, que ocupa a 96° posição. A segurança foi outro critério de avaliação, mas para a UCID a pontuação de 5,6 é aceitável.
Da lista de 140 países que utilizam o turismo como um meio de rendimento e contribuição para o PIB, Cabo Verde consegue 3.6, dos 7 pontos máximos e fica na posição geral 88 no que respeita à competitividade do sector turístico. António Monteiro pede desta forma ao Governo e responsáveis por cada sector que trabalhem mais para melhorar o ranking em 2021.
Sidneia Newton (Estagiária)