Os trabalhadores do Instituo Nacional de Meteorologia e Geofísica suspenderam a greve nacional agendada para hoje e amanhã poucas horas depois de iniciada. Em S. Vicente, onde um grupo de 12 funcionários estava a protestar em frente ao INMG, na Rotchinha, o sindicalista Luís Fortes explicou ao Mindelinsite que essa decisão foi tomada por causa do impacto da requisição civil feita pelo Governo.
“O objectivo da greve é dificultar o funcionamento do Instituto. Ora, se boa parte dos trabalhadores foi requisitada para trabalhar e eliminar esse efeito, a greve perde o seu sentido”, explica Fortes, garantindo que os sindicatos vão agendar uma nova greve com a esperança de se sentarem na mesa de negociação e resolver os problemas que afectam os trabalhadores. “Vamos suspender agora precisamente para dar darmos espaço a uma negociação com o Governo”, enfatiza Fortes. Este realça que o Governo chegou a alegar que não houve entendimento com os sindicatos e que por isso decidiu avançar para requisição civil, um dado que considera caricato. É que, explica, o Palácio da Várzea fez esse anúncio quando o encontro de negociação estava agendado para o dia seguinte.
Os funcionários do INMG, que tinham agendado dois dias de paralização, pretendem com a greve levar o Instituto a devolver-lhes o subsídio de produtividade que, dizem, foi reduzido e depois suspenso, e que seja implementado o Placo de Cargos Carreiras e Salários.