Renovação da prisão preventiva de Amadeu Oliveira foi um “balde de água fria”, diz advogada

Uma das juristas da defesa do deputado Amadeu Oliveira considerou, em declaração ao Mindelinsite, que a renovação da prisão preventiva por mais três meses decretada deste pelo Tribunal da Relação de Barlavento foi mais “um balde de água fria” nas suas expectativas e na do arguido. Oliveira vai assim continuar na Cadeia da Ribeirinha, onde cumpre a medida de coação mais gravosa, prisão preventiva, há cerca de dez meses. 

De acordo com esta causídica, ao reexaminar o processo de Amadeu Oliveira, o Tribunal da Relação de Barlavento entendeu que os pressupostos que determinaram a prisão preventiva do seu constituinte continuam igual, pelo que decidiram manter esta medida de coação. “No que tange a área jurídica fizemos tudo aquilo que era possível para reverter esta situação. Infelizmente não foi possível”, frisou, realçando que este processo já foi reexaminado outras vezes – de três em três meses -, mas o tribunal tem optado sempre por manter Amadeu Oliveira detido.

A nossa fonte recusou tecer qualquer comentário sobre o estado de espirito deste seu constituinte, mas admite que foi mais uma grande decepção. “Tínhamos esperança, mas era algo que estávamos à espera. Mas é sempre um balde de água fria nas nossas expectativas e na do nosso constituinte”, declarou.

Agora, prossegue, vão aguardar o processo seguir os seus trâmites para o julgamento, lembrando, no entanto, que Amadeu pode continuar em prisão preventiva por mais oito meses, tendo em conta que se fez a ACP em Janeiro. “Desde que foi determinada esta medida de coação que temos estado a trabalhar, na expectativa de uma boa notícia, que infelizmente não tem acontecido.”

Amadeu Oliveira, recorde-se, está em prisão preventiva desde julho do ano passado. Foi detido no Aeroporto Cesária Évora, ouvido pelo Tribunal da Relação e encaminhado para a Cadeia da Ribeirinha. Responde pelo suposto envolvimento na fuga para França de Arlindo Teixeira, condenado por homicídio e que cumpria prisão domiciliária em São Vicente, por determinação do Supremo Tribunal de Justiça.

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