Jorge Carlos Fonseca tem estado em consulta com várias entidades, para sustentar a sua posição sobre o prolongamento ou não do Estado de Emergência, mas nega dizer para que lado a balança pode pender.
O presidente Jorge Carlos Fonseca espera ter uma posição consolidada até o dia 16 ou início desta sexta-feira para suportar o prolongamento ou o abandono do Estado de Emergência. O PR – que tem estado a consultar o Governo, as autoridades sanitárias, associações empresariais e a sociedade civil – afiança que a decisão terá de ser anunciada até 17 de Abril, data limite dessa medida, mas negou dizer para qual lado a balança poderá inclinar.
Neste momento, o foco de Jorge Carlos Fonseca é estar munido do máximo possível de informações para sustentar a medida que irá submeter à apreciação da Assembleia Nacional. “Tenho feito vários encontros com políticos e técnicos para poder formatar a minha avaliação sobre a prorrogação ou não do Estado de Emergência, uma vez que já estamos próximos do fim do período. A Constituição exige que a competência do Presidente da República nessa matéria cumpra dois requisitos: ouvir o Governo e que a decisão seja autorizada pela Assembleia Nacional”, explica Jorge C. Fonseca, que já ouviu o Primeiro-ministro, o vice-Primeiro-ministro, o ministro da Administração Interna, o presidente da Assembleia Nacional, os presidentes das Câmaras Municipais, o Bispo de Mindelo, as forças de segurança, entidades ligadas à Educação…; e promete continuar com a agenda de contactos nas próximas horas.
Para o PR, a situação vivida nestes dias em Cabo Verde, e no mundo, é séria e grave, sobretudo por causa da fragilidade do arquipélago. Por isso, defende um esforço “firme” de todos os cabo-verdianos, uma atitude de “prevenção” em primeira linha para se evitar a propagação desenfreada do coronavírus. “Todos devem ter a noção da gravidade da situação e continuarmos a cumprir as instruções das autoridades de saúde e das forças de segurança”, frisa o Presidente da República, que tem recebido “centenas e centenas” de aconselhamento sobre o Estado de Emergência, uns a defender a suspensão nas ilhas onde ainda não há pessoas infectadas e outros a lembrar que o “seguro morreu de velho”.
KzB