PM: “Já foi lançado concurso de projecto técnico e de arquitetura para infra-estruturação da Matiota”  

O Primeiro-ministro anunciou hoje, na abertura oficial da Ocean Race Village, que já está lançado o concurso de projecto técnico e de arquitetura para requalificação da Matiota. O projecto, afirmou Correia e Silva, contempla a reabilitação do espaço do “Tanquin”, construção de acessibilidades para aquela praia e criação de uma zona tampão de infra-estruturas para receber os próximos eventos, destacando entretanto os vários ganhos que que esta regata trouxe para S. Vicente

Perante uma plateia composta essencialmente por autoridades e representantes de serviços e instituições, o Chefe do Governo dirigindo-se primeiro à organização e às equipas nacional e internacional responsáveis por preparar a passagem do Ocean Race por São Vicente, evento que classificou de exigente em termos de capacidade de gestão e de logística. Reconhecimento para o presidente desta regata, Richard Brisus, que, de acordo com Correia e Silva, acreditou, confiou e apostou para, juntos, fazer acontecer esta que é a “Fórmula 1” das regatas em São Vicente. Agradecimento extensivo aos demais intervenientes e à população da ilha, por esta grande aposta.  

“A Ocean Race é a formula 1 das regatas no mundo. Trazê-la para esta São Vicente foi uma grande aposta. Uma aposta ganha porque está a acontecer. Os primeiros barcos devem chegar ainda esta noite e, quanto todos estiverem aqui, vai ser o maior espetáculo de sempre no Mindelo. Esta noite é mais importante do que competição e que esta regata porque traz valores de proteção, de conservação do oceano e do direito ao oceano. Estes valores são cada vez mais pertinentes na sua defesa”, disse, frisando que a regata é complementada na segunda com a Cimeira do Oceano.  

Sobre esta Cimeira, referiu que traz pela primeira vez à Cabo Verde o Secretario-Geral das Nações Unidas, António Guterres. “A Ocean Race casa com a Ocean Summit e também com os valores que queremos difundir cada vez mais. Por isso é que as escolas estão aqui representadas para que os alunos e as crianças tenham cada vez mais contacto com a problemática da conservação da biodiversidade do mar e do oceano que nos cerca. Por isso também que as universidade e os centros de investigação estão aqui. Queremos que a população também ganhe com este evento”.

Mas Correia e Silva acredita que, para além destes, haverá ainda outros ganhos, nomeadamente a nível da notoriedade e também por colocar Cabo Verde e Mindelo no centro do mundo. Mas, diz, também deixa aqui infraestruturas, caso do pontão onde os vekeiro vão parar, que é propriedade do arquipélago e que pode ser utilizado para outros eventos. “Já foi lançado o concurso de projecto técnico e de arquitectura de Tanquim. Toda essa zona vai ser reabilitada para podermos ter acessibilidade a praia de Matiota e assim criar uma zona tampão de infraestruturas que vão acolher outros eventos”, frisou, citando ainda os ganhos para S. Vicente, que está com os hotéis e restaurantes cheios.

Sonho concretizado

Maravilhado. Este é o estado de espirito do presidente da Ocean Race, Richard Brisus, que elogiou a beleza de Cabo Verde e de São Vicente, retribui o reconhecimento feito antes pelo Primeiro-ministro e agradeceu os membros do governo e demais autoridades pelo apoio para concretização deste momento de histórico. “É um histórico primeira vez da Ocean Race em S. Vicente. Os barcos começam a chegar esta noite e, quanto isso acontecer, sei que os participantes vão amar este país, a música, a comida e as pessoas. ”, declarou este responsável, que mostrava-se satisfeito por realizar o sonho de trazer esta regata para Cabo Verde. Richard Brisus destacou, por outro lado, o cuidado e a proteção que a Ocean Race têm para com o oceano na mesma linha dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentáveis(ODS).

Para o presidente do conselho de administração da Enapor, a empresa que dirige não podia ficar de fora deste prestigiado evento, que coloca Cabo Verde na história da maior regata que se realiza a nível mundial, sendo também o primeiro país da África Ocidental a receber esta prova. Ireneu Camacho falou ainda o efeito indutor da Ocean Race na Economia Azul e no desenvolvimento sustentável do país, evento que do seu ponto de vista permitirá ainda dinamizar o turismo, a economia marítima e o desporto. “É o nosso compromisso continuarmos a investir nos portos de Cabo Verde para que cada vez mais sejamos reconhecidos como um “provedor” de excelência no corredor médio-atlântico, reafirmando assim a importância do sector marítimo-portuário no desenvolvimento do país.”. 

Em representação da Câmara Municipal de São Vicente, o presidente substituto considerou esta regata uma “prenda” antecipada, às vésperas de celebrar o dia do município por duas razões: a sua importância na promoção de São Vicente para o turismo e para os investimentos, mas também pela mensagem que transporta de preservação dos oceanos e de sustentabilidade ambiental. Rodrigo Martins agradeceu por isso ao Governo pela aposta dos parceiros nacionais e internacionais para que fosse possível esta regata estar hoje na ilha. “Esta regata terá certamente um impacto muito positivo na economia local, com os seus efeitos multiplicadores. E já estamos a sentir estes efeitos”, concluiu. 

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