Operações com ATR da CV Airlines suspensas: Boeing alugado assume provisoriamente ligações domésticas

A Cabo Verde Airlines iniciou na manhã segunda-feira, 30, por um período de 15 dias, operações domésticas com um Boeing 737 alugado à companhia Cobrex Trans, de bandeira romena. O primeiro voo aterrou esta manhã no Aeroporto Internacional Cesária Évora por volta das dez da manhã. Conforme apurou o Mindelinsite junto de fonte da ASA – Aeroportos e Segurança Aérea – o aparelho trouxe 70 passageiros e substitui o ATR 42 da CVA, que está suspenso alegadamente por falta de licença para voar.

Ao que este jornal conseguiu saber, o voo que inaugurou esta operação teve origem no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, com destino à pista do “Nelson Mandela” na Praia, com passagem pelo AICE, em São Vicente. O Boeing 737, com capacidade para 148 passageiros, aterrou no aeroporto de São Vicente por volta das 10 horas e descolou para Praia às 10h30.

A programação deste avião cobre o período que vai de 30 de Setembro a 15 de Outubro próximo. Durante este prazo, diz a nossa fonte, as operações com o ATR 42 da CVA ficarão suspensas. Tudo indica devido a problemas de certificação. Quanto ao boeing, sabe este online, deverá assegurar, num futuro próximo, as ligações entre o AICE e Lisboa. “Não sabemos ainda quando é que as operações internacionais a partir do AICE vão começar, mas penso que deve ser em breve porque a CV Airlines têm pressa”, diz fonte Mindelinsite.

Apesar dos esforços deste jornal, foi impossível confirmar estas informações junto da direcção do AICE, tendo em conta que o director está no exterior e o seu substituto não atendeu as ligações. Já a agência que presta serviços de marketing à CV Airlines, a partir de Portugal, prometeu entrar em contacto com o Mindelinsite logo que confirmar as informações junto da sede da empresa em Cabo Verde.

Aparelho fretado pela CVI

Foi na primeira quinzena de Agosto que o ATR da CV Airlines começou a fazer as operações domésticas com três ligações semanais entre São Vicente e o hub do Sal, quebrando assim o monopólio da companhia Binter. Na altura, foram várias as vozes que se levantaram questionando como a CV Airlines iria operar nas rotas domésticas se é uma empresa internacional.

Mas, para os mindelenses, que se queixavam dos preços exorbitantes praticados pela concorrência e da falta de alternativa, esta era a menor das suas preocupações. Uma questão que, para eles, a companhia de bandeira teria de resolver com a Agência da Aeronáutica Civil (AAC).

Ao que parece, não foi possível ultrapassar os constrangimentos para permitir a operacionalização normal do ATR, que, conforme fonte fidedigna, está neste momento sem autorização para voar. Por causa disso, a substituição deste aparelho pelo Boeing 737 da Cobrex Trans.

Constânça de Pina

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