O Observatório da Cidadania Activa pediu ao Governo para não decretar tolerância de ponto nos dias do Carnaval e de Cinzas para evitar que haja o risco de se criar ambientes suscetíveis de provocar o aumento de contágios pelo virus da Covid-19, como aconteceu na época natalícia. Num comunicado enviado à imprensa, essa entidade pede ainda “sentido de responsabilidade e bom-senso” a todos os cidadãos, bem como às instituições e promotores de eventos para serem agentes ativos no combate à Covid-19.
“Lamentavelmente e, apesar de toda a campanha pedagógica em curso, ainda persistem alguns focos de resistência, com práticas e atitudes menos boas e que vão na contramão de toda a sensibilização que tem sido feita“, enfatiza o presidente do Observatório, adiantando que, apesar de a maioria da população estar hoje mais bem informada e consciente dos riscos, continua a haver o desrespeito pelas regras sanitárias em vigor. Pessoas que, prossegue Orlando Lima, negam usar máscaras, a manter o distanciamento e ainda haja quem organize festas às escondidas, particularmente em S. Vicente e na cidade da Praia. “Situações propícias para o agravamento do quadro epidemiológico e que terão contribuído para o aumento de casos positivos, nas últimas semanas.“
Deste modo, o Observatório da Cidadania, através de uma nota de imprensa, voltou a pedir à população o rigoroso cumprimento das orientações emanadas e, por outro lado, que as autoridades competentes reforcem a fiscalização.
Para o ano 2021, o plano de atividades do Observatório decorre sob o lema “Mais participação, Melhor cidadania” e as ações irão basear-se, essencialmente, em três pilares fundamentais: Educar para a Cidadania Ativa e Responsável, Cidadania da Saúde e Cidadania Eleitoral e Democracia, que serão concretizados com várias actividades. Objectivos que, segundo Lima, deverão ser materializados este ano, apesar das incertezas provocadas pela pandemia. No entanto, esse activista salienta que, com o surgimento das vacinas e o compromisso do Governo em avançar com o plano de vacinação já neste primeiro trimestre, o Observatório renova as esperanças numa retoma gradual da normalidade.