O MpD confirmou o nome de Augusto Neves como candidato à Câmara de S. Vicente para as eleições autárquicas, cuja data ainda não foi divulgada pelo Governo. Hoje, o partido divulgou a lista de todas as cabeças para as 22 Câmaras Municipais e, sem surpresa, reafirmou a sua aposta, mais uma vez, em Guste, que, recorde-se, já tinha demonstrado publicamente a sua disponibilidade em concorrer a mais um mandato.
Entretanto, tanto o PAICV como a UCID ainda não levantaram o véu sobre os trunfos que irão usar para chegarem ao poder nos Paços da Pracinha d’Igreja. Por enquanto há apenas rumores sobre a eventualidade de o partido da estrela negra designar António “Patcha” Duarte, enquanto o deputado António Monteiro continua a analisar a possibilidade de voltar a ser o “general” dos democratas-cristãos em mais uma disputa política para a CMSV
O MpD havia garantido que faria a divulgação de todos os candidatos no início de março, o que aconteceu hoje, dia 9, após uma reunião da Comissão Política Nacional. Uma das principais curiosidades era saber quem irá liderar a corrida à Câmara da Praia, onde o partido é oposição. O candidato escolhido é Abraão Vicente, actual ministro para as áreas da Cultura e do Mar.
Das 14 Câmaras sob gestão dos seus candidatos, o MpD manteve a confiança em nove presidentes e optou por novos rostos em cinco para “injectar juventude” e propiciar mudanças. Deste grupo, apostou as fichas em Adilson Fernandes para a Câmara do Paul, Armindo da Luz para Ribeira Grande, enquanto Neivo Araújo encabeça a corrida ao município do Tarrafal de São Nicolau, Jacinto Horta assume a dianteira para Santa Catarina de Santiago e Evandro Cardoso será o homem para Santa Catarina do Fogo. Nos 8 municípios geridos pelo PAICV, apresenta Domingos Mendes para Ribeira Grande de Santiago, Hipólito Gonçalves para São Domingos, Liver Gomes para Santa Cruz, Marcelo Correia para Tarrafal de Santiago, António Cardoso para São Filipe e Isidoro Gomes para Mosteiros, além de A. Vicente para a Capital.
Segundo Luís Carlos Silva, o MpD vê cada autarquia como igual e não foi fácil elencar os nomes para liderarem a corrida em cada um dos 22 municípios. Assegura que o processo foi longo, marcado por algum grau de dificuldade, com avanços e recuos. O foco, diz, foi conseguir os melhores candidatos, que foram escolhidos com base no nível de aceitação, notoriedade nos respectivos municípios, avaliação interna e a base de suporte político.
“O objectivo é sempre conseguir ter o melhor candidato, que consiga construir uma melhor equipa e que nos garanta nível de governação que o MpD ambiciona”, frisou o SG do MpD, que enfatizou que o seu partido quer ver os territórios municipais bem governados e por pessoas com reconhecida capacidade de gestão.