O chefe de Estado-maior da Marinha do Senegal defendeu esta manhã na cidade do Mindelo a “imperiosa necessidade” de os países da sub-região africana passarem a fazer operações militares e programas de cooperação bilaterais para que possam conhecer melhor as suas potencialidades e aumentar o nível de segurança na zona. Em particular, o Contra-Almirante Momar Diagne mostrou o seu interesse em ver estabelecido um plano estratégico entre o Senegal e Cabo Verde, países que, lembra, têm uma fronteira marítima, “mas que na verdade é uma continuidade”. Aliás, em conversa com o Comandante José Rui Fortes, Diagne confessou estar muito bem impressionado por sentir que Cabo Verde está preparado para defender a rectaguarda marítima do Senegal.
Para Momar Diagne, a sua presença em Cabo Verde, acompanhado do Secretário-Geral da Marinha do Senegal, o Capitão Omar Wade, é de extrema importância para os dois países pelo facto de permitir o reforço da cooperação entre as respectivas marinhas. A sua visita, especificou, será aproveitada para elaborarem uma estratégia comum de combate à pesca ilegal e protecção dos recursos haliêuticos dessa zona marítima.
“Durante dezenas de anos foi desenvolvido um trabalho com a guarda-costeira, no quadro do combate à pesca ilegal. Fizemos várias operações, esta zona conheceu alguma segurança devido as operações de combate ao banditismo e terrorismo. Por isso é imperioso mudarmos as estratégias e reforçar a cooperação”, defende o Chefe de Estado-maior senegalês, lembrando que Cabo Verde e Senegal têm participado em programas de treinamento com parceiros ocidentais como Estados Unidos, França, Brasil e Portugal, mas que devem implementar os seus próprios programas bilaterais.
KzB
