O presidente do Instituto do Património Cultural apresenta no início da tarde de hoje os resultados de Cabo Verde do projecto Margullar no 1º Congresso da Arqueologia Subaquática da Macaronésia. Jair Fernandes estará acompanhado do historiador Edson Brito.
O evento reúne os parceiros para apresentar os resultados deste projecto nos seus respetivos territórios e é fruto de mais de dois anos de trabalho no âmbito do Projeto Cooperação Territorial INTERREG MAC 2014-2020 MARGULLAR, cofinanciado pelos fundos europeus do FEDER, esclarece o IPC em comunicado.
Este informa ainda que o projecto Margullar foi desenvolvido em parceria com as ilhas da Macaronésia – Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde -, e visa articular o património e turismo, através da realização de trabalhos de arqueologia subaquática para a preservação e conservação do património marinho, para a sua posterior valorização e aproveitamento, com foco na melhoraria da atratividade e promoção do turismo nestas regiões.
Durante o congresso os territórios vão ter a oportunidade de partilhar conhecimentos e boas práticas existentes na arqueologia subaquática, tanto nível metodológico como a conservação e divulgação do património cultural subaquático e dar visibilidade às iniciativas que estão a ser desenvolvidas nestas regiões.
Cabo Verde é membro da convenção do Património Cultural Subaquático, e tem primado para a salvaguarda deste património, adotando medidas legais e institucionais, nomeadamente a criação da comissão nacional para salvaguarda do património cultural subaquático e do plano de acção local, especialmente, ações de sensibilização das comunidades costeiras; a recuperação e compilação de documentações relativos á arqueologia subaquática, nomeadamente os naufrágios, em colaboração com o consultor Paulo Alexandre Monteiro e com DRAC/ADCA/AÇORES.
Criou o programa de mergulho em Santiago(Ancoradouro da Cidade Velha, na Calheta de S. Martinho, na Baia da Praia, em S. Francisco e no Tarrafal), o curso de mergulho profissional e ratificou a Convenção da UNESCO sobre o Património Cultural Subaquático. Em carteira estão ainda a criação e colocação de sinaléticas, formação em arqueologia subaquática, criação do Circuito Turístico e Inclusão em diferentes redes institucionais do país.
Há poucos dias o IPC denunciou e solicitou a colaboração e actuação de autoridades nacionais por causa do roubo e empilhamento de bens com valor patrimoniais que se encontram no fundo do mar da ilha do Maio. O propósito foi efectivar uma actuação célere para evitar a destruição de pilhagem do Património Subaquático de Cabo Verde.
