A IFH – Imobiliária Fundiária e Habitat vai assinar contratos de arrendamento por tempo indeterminado com as famílias desalojadas pelas chuvas do dia 11 de agosto e que vivem em zona de risco, em São Vicente, relativamente às habitações atribuídas pelo Estado. A porta-voz do Gabinete de Crise informou ainda que os beneficiários terão um ano de isenção de rendas.
Vitória Veríssimo avançou estas informações na conferência de imprensa diária do Gabinete de Crise. “As pessoas que são desalojadas e nos nossos centros de acolhimento já vão fazer a assinatura dos contratos de arrendamento por tempo indeterminado das suas casas”, revelou, realçando que este trabalho vai ser feito em concertada com a Câmara de São Vicente e o IFH .
O contrato de arrendamento, declarou esta responsável, especifica que as pessoas terão um ano de isenção, ou seja, sem pagar renda, como um apoio pelos prejuízos causados pelas chuvas. “Os contratos serão feitos nos próximos dias e será da responsabilidade do EFH, da Câmara Municipal e de toda a equipa que está a trabalhar no processo”, reforçou, sem precisar no entanto a data da assinatura dos contratos, com o argumento que o processo está a ser conduzido pelo IFH.
Segundo a porta-voz do Gabinete de Crise, as ações continuam no terreno, com avaliação de risco nas zonas, combate a possíveis doenças e mergulhos na baía do Porto Grande para identificar e remover objetos submersos. “Estão sendo formados técnicos para apoiar no levantamento e no registo de possíveis surtos e doenças que possam ocorrer. A Saúde aconselha as pessoas a usarem máscara, porque há muita poeira e essa poeira pode provocar doenças.”
Quanto aos mergulhos, refere, estão a ser feitos por duas equipas, formadas por elementos da Guarda Costeira, da Marinha Francesa e dos Estados Unidos, que fazem o levantamento e a sinalização dos objectos carregados pelas enxurradas para a baía. “Esse levantamento decorrerá até quinta-feira e, na sexta-feira, começam a retirar os objectos e materiais assinalados”, aponta.
Vitória Veríssimo garantiu que, está concluído o levantamento dos estragos no comércio e que os proprietários vão beneficiar de apoio do Governo, incluindo o Rendimento Solidário de Emergência de 30 mil escudos mensais durante três meses, subvenções a fundo perdido e uma linha de crédito emergencial garantida pelo Estado, para ajudar na retoma das atividades económicas.
Concluiu dizendo que, neste momento, o Instituto do Mar também já fez o levantamento dos pescadores e das peixeiras, bem como dos prejuízos sofridos, para que possam ser compensados. Relativamente às pessoas que perderam as viaturas, informou que devem registar a ocorrência na polícia, seguida de uma avaliação por um mecânico e validação pela Direção Geral dos Transportes Rodoviários (DGTR), para que possam receber apoio pela perda dos veículos.