Cândido Barbosa Rodrigues, ex-deputado e antigo coordenador do MpD nos Estados Unidos, considera que a escolha de Jorge Santos para o cargo de Ministro das Comunidades foi desajustada. Em uma publicação no facebook, este antigo dirigente ventoinha, diz que deviam escolher uma pessoa “com mais sensibilidade” para com a diáspora e que conhece bem os desafios da emigração.
Este antigo dirigente do MpD começou por dizer que há muito que não escreve absolutamente nada, optando por um silêncio estratégico. Contudo, diz, existem coisas que não pode ficar de braços cruzados, destacando o facto de o Governo ter retomado o Ministério das Comunidades apenas para resolver a situação do ex-Presidente da Assembleia Nacional e animar os emigrantes espalhados pelo mundo.
“Jorge Santos assumiu este Ministério sem saber quais as funções e responsabilidades que lhe é atribuído. O Homem não tem nenhuma sensibilidade e nem conhece os desafios da nossa extensa diáspora”, critica Barbosa, que acusa ainda o governante de, até agora, não ter dado a conhecer os seus planos de governação e os projectos que tem para com os emigrantes.
Para ele, o importante é viajar em momentos de festas e celebrações ignorando até a situação crônica de saúde que o mundo atravessa. Sinceramente não vejo nenhuma necessidade de ele vir participar numa pequena festinha de 13 de Janeiro nos EUA sabendo que os emigrantes estão todos aborrecidos com a forma como este governante tem lidado com as questões da diáspora”, afirma.
Cita, a titulo de exemplo, a questão das ligações aéreas em que os cabo-verdianos são obrigados a deslocar para Portugal em situações de humilhação para poderem chegar ao país. Igualmente a deportação de emigrantes sem apoios jurídicos e acompanhamento e a crônica situação das alfandegas em que os emigrantes são obrigados a “recomprar” suas encomendas.
A estes junta ainda a falta de representação parlamentar e a burocracia nos serviços públicos no país. Motivos suficientes, do seu ponto de vista, para pedir ao Ministro para não gastar os parcos recursos de Cabo Verde para viajar até aos Estados Unidos para participar de um “jantarzinho partidário”. “Não nos trate por lorpas,” conclui.