O candidato Vander Gomes negou esta manhã que ele e o colega Flávio Lima estejam a cogitar juntar votos para impedir Armindo “Batcha” Gomes de assumir a coordenação do MpD na ilha de S. Vicente, com base nos resultados eleitorais da assembleia realizada no passado domingo. Para Vander Gomes, ao aventar essa possibilidade, Batcha apenas tentou fazer uma “fuga em frente”. “Os resultados definitivos só foram conhecidos ontem e ainda é muito cedo para estarmos a falar de cenários pós-eleição. Temos de deixar o tempo correr e ver o que pode acontecer”, diz Vander Gomes. Conforme os resultados definitivos, Armindo “Batcha” Gomes obteve 535 votos, Vander Gomes 494 e Flávio Lima 145. Deste modo, a diferença entre o primeiro e segundo classificados é de 41 votos, e não 22 como noticiamos ontem.
Este deputado enfatiza, entretanto, que o cenário abordado por Batcha Gomes é previsível nos estatutos do MpD, partido que, diz, funciona com uma filosofia parlamentar. “Em primeiro lugar as eleições foram para a assembleia política concelhia e não para a comissão política. Com a revisão dos estatutos do MpD em 2017, o MpD passou a funcionar tal como o parlamento, pelo que a escolha do líder é feita na assembleia, tal como sucede com a escolha do Primeiro-ministro na Assembleia Nacional”, diz Vander Gomes.
Na sua opinião, Batcha Gomes decidiu especular e, ao fazer isso, acabou por expor o partido. Questionado se esse episódio pode provocar uma cisão maior dentro do MpD, visto que os três candidatos falam na necessidade de se unir o MpD em S. Vicente, Vander Gomes assegurou estar disponível para fazer a sua parte. Isto significa, segundo ele, trabalhar com qualquer pessoa, desde que seja para o bem dessa força política.
Abordado pelo Mindelinsite, Flávio Lima preferiu abordar o caso numa conferência de imprensa, que pode acontecer amanhã.