Há 12 novos casos suspeitos de coronavírus em Cabo Verde: um na Boa Vista, oito em São Vicente, um em São Nicolau, um no Fogo e um na Cidade Velha. Entre os de São Vicente, cinco são contactantes do caso confirmado de Covid-19, sendo a maioria do Hospital Baptista de Sousa, e um da clínica privada onde a contaminada foi atendida. Dados avançados esta tarde pelo Director Nacional da Saúde em conferencia de imprensa.
Artur Correia aproveitou para chamar a atenção das pessoas que saíram da quarentena. “Chegou-nos a informação que algumas destas pessoas não estão a obedecer as recomendações dos técnicos de saúde no sentido de, apesar de terem saído de quarentena, ficarem confinadas em casa, no quadro do Estado de Emergência em vigor no país”, revelou Correia.
Para estas pessoas, o DNS deixou um apelo no sentido de cumprirem a responsabilidade de cidadania, que é ficarem confinadas nas suas residências, sobretudo aquelas que vieram do exterior. Artur Correia voltou a vincar a importância de observarem o tempo necessário de isolamento para a saúde familiar, comunitária e do país.
Quanto aos testes aos casos suspeitos avançados ontem, Correia admitiu que ainda não há resultados. Aliás, alguns, no caso os de São Vicente, ainda sequer chegaram à cidade da Praia. “Estes deverão chegar hoje, num avião que deverá descolar da ilha daqui a pouco. Os cinco da Boa Vista também estão para chegar. Por isso, ainda não temos resultados. Esperamos que no final do dia ou amanhã teremos respostas.”
Relativamente ao caso da idosa da ilha do Fogo, suspeita de estar contaminada com o coronavírus, o DNS explicou que a amostra também deverá chegar à cidade da Praia também esta tarde e possivelmente amanhã terá uma resposta. “Todos os casos suspeitos em Cabo Verde, por norma, são isolados. O mesmo acontece com os contactantes directos. Os contactos menos directos vão para quarentena.”
Instado se a partir de agora São Vicente passará a receber os casos suspeitos de São Nicolau – recebeu ontem uma criança da ilha de Chiquinho com problemas respiratórios – o DNS limitou-se a dizer que a ilha do Porto Grande tem um hospital central, à semelhança da Praia, que é de referência para a zona norte do Barlavento.
Segundo o DNS, a criança não foi evacuada para S. Vicente como um caso suspeito, mas sim por necessitar de cuidados hospitalares urgentes. “Os cuidados em S. Nicolau esgotaram-se em termos técnicos e a criança teve de ser evacuada. Não foi como infectado pelo Covid-19. Foi uma coincidência”, frisou Artur Correia, que aproveitou para informar que o outro caso de evacuação, que demandou a deslocação do ATR da Binter para S. Nicolau, também não foi por Covid-19.