Cabo Verde desceu duas posições no Índice Mundial da Liberdade de Imprensa 2021, passando do 25º em 2020 para o 27º lugar em 2021 com 20.09 pontos em 180 países, segundo o relatório divulgado pelos Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Entre os países que falam português Portugal se destaca pela positiva em 9º lugar, enquanto que Brasil acentua a sua queda, baixando para 111ª posição.
Lidera este ranking a Noruega, seguido por Finlândia, Suécia e Dinamarca. Entre os países lusófonos, Portugal aparece em 9º lugar, tendo melhorado uma posição em relação ao ano anterior, a frente de países como Suíça, Bélgica, Irlanda, Alemanha e Canadá. Timor-Leste ocupa a posição 71º, Guiné-Bissau 95º, Angola 103º e Moçambique 108, sendo que todos, com excepção de Timor que subiu sete posições, e Angola três, recuaram.
A liberdade de imprensa é mais complexa no Brasil que baixou para o 111º lugar, uma queda de quatro posições em relação a 2020 e, pela primeira vez em 20 anos, entrou na “zona vermelha” do relatório dos Repórteres Sem Fronteira. Na cauda do relatório estão a China (177), Turcomenistão (178), Correia do Norte (179) e Eritreia (180).
O relatório refere a uma “deterioração dramática” da liberdade de imprensa no mundo desde o início da pandemia da Covid-19 e diz que 73% das nações estão a enfrentar “sérios problemas”. Os RFS acreditam ainda que alguns países estão a utilizar o Sars-Cov-2 para “bloquear o acesso dos jornalistas à informação, fontes e reportagens no terreno”.
As vésperas de mais um Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se celebra a 3 de Maio, este relatório mostra um claro recuo em relação a 2020, que já tinha sido considerado desastroso pelos RSF em alguns países.