Actor Djimon Hounsou impressionado com Mindelo e a sua morabeza: “Que cidade bonita, que povo acolhedor e caloroso!!!”

O actor Djimon Hounsou, um dos protagonistas do célebre filme Amistad, confessou ontem estar impressionado com a beleza da cidade do Mindelo, assim como com a morabeza dos cabo-verdianos, e mostrou interesse em regressar à ilha de S. Vicente para testemunhar a magnitude do Carnaval. “Que cidade bonita, que povo acolhedor e caloroso!”, exclamou Hounsou, ainda antes de iniciar a entrevista com a reportagem do Mindelinsite.

Para este famoso artista da sétima arte – que chegou a S. Vicente anteontem inserido numa ampla comitiva de empresários do mundo da arte, liderada pelo investidor Samba Bathily –, Mindelo tem tudo para ser uma pérola turística e prometeu fazer a sua parte para ajudar este pedaço da África a cintilar no meio do Atlântico. “O mínimo que posso fazer é relatar aquilo que vi e estou a vivenciar aqui. Quero convencer os meus amigos a virem passar férias em Cabo Verde tal como vão para Saint-Tropez”, elucidou Hounsou.

Antes de chegar a Mindelo, este famoso actor possuía algumas informações sobre Cabo Verde das conversas com os emigrantes residentes nos Estados Unidos. Desse contacto, frisa, aquilo que mais reteve é que o arquipélago fica no meio do Atlântico, é parecido com as Maurícias e habitado por um povo mestiço de uma extraordinária beleza. “Hoje pude certificar isso pessoalmente. Mas que raça bonita!”, exclamou Hounsou, reforçando que, para ele, os cabo-verdianos são uma “raça à parte” no contexto da grande diversidade africana. Um país onde a mestiçagem é evidente, mas pulsa a alma da “grande terra-mãe”.

Protagonista do célebre filme Amistad, que retrata o martírio dos africanos na época da escravatura, Hounsou sentiu-se privilegiado por pisar Cabo Verde, outro pedaço da África ligado ao comércio triangular dos escravos entre os continentes africano, europeu e americano. Ele que está neste momento empenhado num projecto desportivo e cultural que visa conectar a África e os países da emigração africana, com destaque para o Brasil e Argentina. Trata-se de um festival que irá decorrer em 2020 no Benin, sua terra natal. “É um retorno à terra-mãe, por isso quero realizar esse evento no Benin”, explica Djimon Hounsou, que está em S. Vicente para ver como enquadrar Cabo Verde nesse certame, que visa “unificar” os africanos residentes no continente e os que vivem longe das suas fronteiras.

Modelo e actor, Djimon Hounsou começou a sua carreira aparecendo em vídeos de música. Enquanto artista da sétima arte, Hounsou, 56 anos, ganhou projecção mundial com o filme Amistad, do conceituado realizador Steven Spielberg, e que contou ainda com a extraordinária performance de Morgan Freeman. O actor, que contracenou com Russel Crowe no filme Gladiador e Leonardo Dicaprio em “Diamantes de Sangue”, terminou por estes dias a rodagem de “The King’s Man”, o seu próximo trabalho cinematográfico a ser lançado nos primeiros meses de 2020.

Kim-Zé Brito

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