O presidente da Câmara Municipal de São Vicente responsabilizou hoje a UCID pela não aplicação do reajuste salarial previsto no Orçamento Geral do Estado para 2023 (OGE-23). Augusto Neves alega que estes dois partidos chumbaram, por dois anos consecutivos, os orçamentos municipais, instrumento que permite regularizar os vencimentos dos funcionários.
Em conferência de imprensa para responder ao líder da UCID, que exigiu do presidente da CMSV a aplicação do “mísero” reajuste salarial estipulado no OGE-23, Augusto Neves começou por dizer que João Santos Luís esteve muito tempo calado, mas agora despertou do sono por causa do aproximar das eleições autarquias. Aliás, afirmou, este já está em pré-campanha. “Acho que é desespero e continuam a inventar mentiras para confundir as pessoas. Possivelmente estejam arrependidos de tudo o que fizeram a São Vicente por maldade, tentando derrubar a todo o custo a CMSV”, constatou.
A. Neves apelidou o presidente de “medíocre” e “esquisito” e afirmou que este tem demonstrado estar muito mal informado. “A UCID e o PAICV, numa tentativa falhada de derrubar a CMSV e o seu presidente, têm chumbado quase todos os documentos apresentados nas sessões nos últimos três anos. O povo e os funcionários da CMSV sabem que estes dois partidos não aprovaram os orçamentos de 2023 e 2024. Como é que se pode regularizar a situação dos vencimentos sem orçamento?”
Na mesma linha, pergunta, como poderia fazer concursos para recrutar mais bombeiros sem o aval destes dois partidos. “Recusaram aprovar quase todos os documentos e agora, no momento de pré-campanha, querem sacudir o capote, por arrependimento da sua própria irresponsabilidade”, reforça Neves, para quem, este pedido de reajuste salarial só se justifica se não leram e nem analisaram os dois orçamentos da CMSV antes de os rejeitarem. “Que políticos são estes? Isto é pura indecência politica, falta de decoro e respeito para com a ilha, a instituição, os funcionários e os sanvicentinos”, desabafa.
Em jeito de remate, este acusa a UCID, que trouxe esta questão a lume, de querer, nesta altura de pré-campanha, transferir esta responsabilidade para o presidente da Câmara de São Vicente e o MpD, sendo que ambos votaram a favor em todos os documentos apresentados pela autarquia.