O presidente da Câmara de São Vicente fez um balanço positivo da 38ª edição do festival a nível do cartaz, do alinhamento dos espectáculos e dos arranjos feitos na Baía das Gatas e que permitiram uma maior fluidez. Augusto Neves garantiu que as obras vão continuar, nomeadamente a nível do palco que ainda está subaproveitado, tendo em conta que grande parte ainda é tosco.
“O festival foi aquilo que estávamos à espera. A expectativa era que tudo corresse bem, sobretudo a nível da disciplina. E o público esteve muito bem. O arranjo que aqui fizemos foi ao encontro daquilo que era desejo da população. Estamos muito satisfeitos. No tocante ao cartaz e ao alinhamento dos shows estiveram muito bom”, afirmou o edil, para quem actualmente é difícil fazer um mau alinhamento tendo em conta que Cabo Verde tem bons artistas e qualquer um será do agrado da população.
“Não conseguimos trazer todos, mas vamos continuar a convidar outros artistas porque são tão bons como os que aqui estiveram. O festival vai ser sempre um sucesso”, enfatizou A. Neves, reconhecendo que a população estava avido da regresso do festival à Baía das Gatas depois de dois anos parados. “Realizamos dois festivais online, mas nem toda a gente teve a possibilidade de os acompanhar. E não é igual ao vivo. Estávamos com saudades da Baía. E tivemos muita gente aqui.”
Elogiou a adesão ao projecto de restauração, que permitiu ter na Baía das Gatas seis dezenas de restaurantes. “Não conseguimos dar vazão à demanda. Mas esperamos no próximo ano fazer melhor e abarcar mais pessoas para que tenhamos uma Baía mais forte”. Sobre este particular, prometeu continuar os trabalhos de arranjos e introduzir obras no palco que, diz, está sub aproveitado. “O palco foi concebido como uma estrutura grandiosa, mas está sub aproveitado. Temos utilizado menos de metade do palco. Tem ainda muitos espaços toscos”, detalha.
As intervenções, afirma o autarca mindelense, vão ser sobretudo a nível dos camarins, que já se revelam manifestamente insuficientes, mas também serão criados espaços para acolher as equipas técnicas de som e para a rádio, televisão e imprensa em geral, com melhores condições. Quanto a área adjacente, a CMSV pretende reforçar a vedação para uma melhor segurança do festival.