A praia da Lajinha foi alvo de um acto de poluição ambiental, que se pressupõe esteja relacionado com a actividade de algum dos navios ancorados junto à doca dos estaleiros da Cabnave. Esta manhã, conforme constatou o Mindelinsite, pairava um cheiro a combustível no ar e a água apresentava sinais, embora ligeiros, desse produto. Além disso havia uma quantidade anormal de lixo no mar, composto essencialmente por plástico.
Para o professor Guilherme Mascarenhas, é seguro que houve um derrame de combustível na água, talvez proveniente da limpeza de tanques, e os resíduos transportados pela corrente para a zona usada pelos banhistas. “Confirmo que houve esse derrame porque vi combustível no mar, além de três peixes e um caranguejo mortos. Pode haver mais animais atingidos pela poluição, pelo que vamos investigar melhor”, disse esse ambientalista, que não sabe ainda precisar se o combustível afectou a enseada de coral.
Guilherme Mascarenhas espera obter algumas respostas esta tarde após um mergulho na enseada, mas vai advertindo que isso depende do nível de concentração desse derivado de petróleo no mar. No entanto, este docente da UniCV, que se tem posicionado como um dos grandes defensores da conservação dessa área marinha – pela riqueza que apresenta – entende que esse facto poderá sempre representar mais um factor de stress para os seres marinhos existentes nessa pequena baía.
Esse derrame, segundo Mascarenhas, foi imediatamente comunicado à Capitania dos Portos de Barlavento. Ele próprio, adianta, telefonou ao Capitão dos Portos, que lhe assegurou que estava a investigar o caso. O Mindelinsite tentou contactar o capitão Aguinaldo Lima por duas vezes, mas tal não foi possível até a publicação desta notícia.