A Organização das Mulheres de Cabo Verde em São Vicente está a pedir apoios monetários para ajudar a suportar custos de famílias com pouco rendimento económico. As cestas básicas que estão a ser distribuídas são, para a delegada desta organização, insuficientes para suprir algumas carências especificas que as famílias já estão a enfrentar.
“Temos a sede da organização fechada, mas recebemos pedidos de apoio todos os dias, que vão desde solicitação de papas e fraldas descartáveis para crianças, à compra de gás butano. As pessoas já estão a passar por enormes dificuldades. Ajudamos maioritariamente pessoas que vendem nas ruas e que neste momento estão sem meio de subsistência”, revela Fátima Balbina.
Apesar de concordar com o Estado de Emergência decretado, Fátima Balbina diz que é necessário que se trace uma política com maior rigor, para as famílias que já sentem na pele o efeito da quarentena por causa das dificuldades económicas. É perante esta situação que a OMCV clama por auxílio dos seus parceiros e amigos, enquanto uma das instituições no terreno e que tem identificado as necessidades de acordo com cada caso.
Por isso mesmo, defende que as cestas básicas, às quais prefere denominar por “cabazes de alimentos”, são insuficientes para resolver as situações nas casas daqueles que têm ainda outras necessidades. A delegada desta organização de mulheres vai mais longe ao condenar a “humilhação ou violação da dignidade humana”, com a exposição nas redes sociais de pessoas necessitadas, no momento de entrega das cestas .
“Este não é um momento ‘para dar show’“, desabafa. Segundo Fátima Balbina, as mães e mulheres-chefes de família são, neste momento as mais afetadas com esta “crise” e estabelece como meta da OMCV contemplar em torno de 100 famílias carenciadas com os apoios financeiros angariados.
Sidneia Newton (Estagiaria)
