OMCV lança campanha de luta contra pobreza e pede às associações que assumem as suas responsabilidades sociais

A delegação da Organização das Mulheres de Cabo Verde em São Vicente (OMCV-CV) lançou uma campanha de luta contra pobreza para auxiliar os vendedores ambulante que atuam no mercado informal. A razão desta campanha, que para a delegada Fátima Balbina é urgente, deve-se à pandemia do novo Coronavírus, que deixou muitos trabalhadores sem recursos para retomarem o trabalho.

O que esta organização pretende é arrecadar fundos para atribuir créditos sociais, cuja margem máxima não ultrapassa os 10 mil escudos. Neste momento, explica Fátima Balbina, há um total de 35 pessoas identificadas e que ainda não voltaram a desempenhar os seus serviços, uma vez que gastaram os escassos recursos durante o confinamento.

Ao mesmo tempo que pede ajuda financeira aos parceiros locais e do mundo, esta fonte lança  um apelo aos vendedores ambulantes para legalizarem as suas atividades. “Vimos que os que estavam inscritos na Previdência Social tiveram algumas regalias em relação aos outros. Por isso, penso que é chegada a hora de passarem a descontar, para que seus direitos sejam assegurados em períodos difíceis”, aconselha.

Além do número de vendedores sinalizados, outros, desde o início da pandemia, recorreram à instituição, inclusive direcionados por outras instituições de solidariedade. “Recebemos chamadas dia e noite, diariamente. E percebemos que a pobreza está mais acentuada uma vez que o país esteve parado, adicionado ainda aos problemas do mau ano agrícola que já vem se arrastando há anos”, lamenta Fátima Balbina Lima.

A dinâmica social da OMCV na ilha, garante a delegada, dá uma falsa sensação de que a instituição possui recursos, quando na verdade “é uma ponte para fazer chegar os recursos a quem necessita”. A falta de outras opções é algo que também preocupa esta entrevistada que pede às outras associações nas zonas a correrem atrás também de parceiros que ajudem a diminuir os problemas sociais nas comunidades inseridas.

O plano de atividades da organização está ainda restrito à sua sede, por conta das recomendações das autoridades no sentido de se evitar aglomeração de pessoas por forma a conter a propagação do vírus. Assim, as formações de capacitação e de motivação estão suspensas.

No entanto, a OMCV pretende em breve  sair no terreno para ouvir a população e saber de outras necessidades atuais, para que o plano de atividades esteja em sintonia com os anseios das comunidades.

Sidneia Newton (Estagiária)

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