O assassinato do jovem Dilton “Tó” César ocorrido esta madrugada em S. Vicente estará relacionado com uma “confusão” que teve com outros indivíduos num bar. Esta é pelo menos a convicção de Nadine Fortes Leite, prima do malogrado, que diz acreditar na competência das autoridades para descobrir os autores e os motivos desse “acto bárbaro”.
“Confiamos na competência das autoridades policiais para esclarecer os motivos deste crime. Pelo menos poderemos enterra-lo conscientes, mas quem fez essa barbaridade vai pagar”, desabafa Nadine em conversa com o Mindelinsite à porta do hospital Baptista de Sousa, para onde foi levado o cadáver. Ela que descreve o primo como um rapaz pacífico, que tentava evitar brigas a todo o custo, principalmente depois que saiu da prisão.
Segundo Nadine Fortes, Tó d’Vandinha, 37 anos, pagou por um crime que cometeu em tempos, mas desde que saiu em liberdade tentava levar uma vida pacata. Passou a trabalhar com a mãe num bar e gostava de cuidar dos cães.
Esta versão é confirmada por Carlos “Tropa” Fortes, pai do jovem assassinado, que estava também no estabelecimento público de saúde à espera de novidades. Tropa, como é conhecido, recebeu a notícia da tragédia por volta das sete da manhã, quando estava a caminho do trabalho. Foi imediatamente para o local, a subida entre Fonte Francês e Monte Sossego, mas foi impedido pelas autoridades de se aproximar da viatura.
Até este momento não sabe explicar o motivo desse crime. Confirma que o filho passou menos de 11 anos preso por causa de um homicídio, saiu em liberdade há cerca de três anos e durante este tempo, diz, Tó tentou levar uma vida com a máxima tranquilidade.
O crime terá acontecido de madrugada, por volta das três horas. Tudo indica que Tó foi alvejado enquanto conduzia. Há quem fale em dois tiros, mas esta informação ainda não foi confirmada pelas autoridades. O certo é que a porta da viatura apresentava um furo que terá sido provocado por uma bala. Desconfia-se que o projectil tenha atingido o abdómen da vítima.
O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária, que tem evitado falar com a imprensa sobre o sucedido, assim como a Polícia Nacional. Os contactos têm sido infrutíferos até o momento, isto quando corre a informação de que dois suspeitos já foram detidos. Este online tentou confirmar esse dado, mas foi impossível. O corpo está neste momento a ser examinado por uma equipa médica da Delegacia de Saúde na morgue do hospital Baptista de Sousa.
KzB