Gripe: Maiores de 65 anos e grupos e risco vão receber vacinas

Cabo Verde comprou, através do Orçamento de Estado, cinco mil doses de vacina contra a gripe, no valor de 23 mil dólares para a campanha de vacinação, que vai ser lançada esta terça feira, 7 de novembro, e que pretende contemplar maiores de 65 anos e grupos de risco. O acto central será no Hospital Agostinho Neto e será presidido pela Ministra da Saúde, Filomena Gonçalves. 

Segundo o Ministério da Saúde, esta é a primeira vez que lança, no calendário de vacinação, a vacina contra gripe para maiores de 65 anos e pessoas de risco como os diabéticos, pacientes com neoplasias malignas, doença renal crónica, insuficiência apática, obesidade, com 1 dose anual.

A vacinação irá decorrer durante este mês em todas as estruturas de saúde de atenção primária e nos hospitais centrais. O objetivo é diminuir a mortalidade e reduzir as complicações causadas pela gripe.

Estratégia global

Cabo Verde adere assim a iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) que, em março de 2019, lançou uma estratégia global de controle da influenza (gripe) para o período 2019-2030. A nova estratégia busca prevenir a influenza sazonal, controlar a disseminação da gripe dos animais para os seres humanos e se preparar para a próxima pandemia de influenza.

“A ameaça da gripe pandêmica está sempre presente”, segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, realcando que a influenza continua sendo um dos maiores desafios de saúde pública do mundo. 

A cada ano, segundo a OMS, estima-se que haja mil milhões de casos, dos quais de três a cinco milhões são graves, resultando em 290 mil a 650 mil mortes por doenças respiratórias relacionadas à influenza. A OMS recomenda a vacinação anual contra a gripe como a maneira mais eficaz de preveni-la.

Há dois objetivos principais: o primeiro é construir nos países capacidades mais fortes de vigilância e resposta a doenças, prevenção e controle, bem como preparação. Para alcançar isso, faz um chamado para que todos os Estados Membros tenham um programa de influenza adaptado, que contribua para a preparação nacional e global, assim como para a segurança da saúde.

O segundo é desenvolver melhores ferramentas para prevenir, detectar, controlar e tratar a gripe, a exemplo de vacinas, antivirais e tratamentos mais eficazes, com o objetivo de torná-los acessíveis a todos os países.

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