Foi criada recentemente a Associação Comunitária Ponta d’Cinta (ACPC), em Santo Antão, para ajudar no desenvolvimento de Corda, através de jovens-quadros ligados a essa localidade. Sendo uma das zonas da ilha das montanhas onde o desejo de um curso superior movimenta todos os anos um grande número de estudantes para outras ilhas e fora do país, um dos objectivos dessa entidade é incentivar o retorno dos mesmos para a comunidade.
“Somos uma pequena localidade onde cerca de metade da população migrou para outras regiões. Neste momento temos um número aproximado de 70 jovens formados que trabalham e vivem fora da ilha de Santo Antão. A iniciativa desta associação partiu destes jovens-quadros que querem dar o seu contributo para Corda”, assegura Maria do Rosário, presidente da ACPC.
Desta forma, Ponta d’Cinta espera beneficiar a população residente, em particular os mais necessitados, as famílias monoparentais, portadores de deficiência e a terceira idade. Nos planos traçados por esta associação constam a reparação de casas, curso de renda e bordado para mulheres e projetos ligados à agricultura, já que se trata de uma zona onde o mau ano agrícola afecta a maioria dos residentes.
O grupo pretende ainda mobilizar parceiros para as iniciativas, como a Morabi, o Ministério da Agricultura, além da Câmara Municipal da Ribeira Grande, que já colabora com a ACPC. Para a angariação de fundos, contam ainda com os jovens quadros provenientes de Corda.
A Associação Comunitária Ponta d’Cinta recebeu este nome devido a uma fonte onde toda população se recorre em tempo de seca. “Queremos ser esta fonte que procura recursos para o desenvolvimento da zona”, assegura Rosário, para quem, apesar da escassez de recursos, reina ainda muita vontade para se trabalhar em prol da comunidade de Corda.
Sidneia Newton (Estagiária)