Vulcão na Islândia entrou ontem em erupção após semanas de atividade sísmica

Após vários episódios de crise sísmica, um vulcão entrou ontem à noite em erupção na Islândia, mais precisamente na península de Reykjanes, pintando o céu da cor laranja. Este fenómeno obrigou as autoridades a evacuar 4.000 habitantes da vila pesqueira de Grindavik, próxima do spa geotérmico Lagoa Azul, uma popular atração turística. Em simultâneo, o governo islandês decretou o estado de emergência na região e não há até agora registo de vítimas.

A erupção, a terceira registada na Islândia desde 2021, pode já estar a estabilizar, segundo o serviço de meteorologia islandês. “O poder da erupção que começou há cerca de quatro horas parece estar a diminuir”, sublinhou o Instituto Meteorológico Islandês (IMO, na sigla em inglês) no seu portal na Internet. O instituto observou, no entanto, que a diminuição da actividade não significa a duração da erupção, apenas que a actividade está a ficar estável. Esta tendência, acrescenta, já foi observada no início de erupções anteriores na Peninsula de Reykjanes.

A península de Reykjanes, a sul da capital Reykjavik, foi poupada a erupções durante oito séculos, até março de 2021. Desde então, ocorreram outras duas, em agosto de 2022 e julho de 2023, um sinal, para os vulcanologistas, de retomada da atividade vulcânica na região. Trinta e dois sistemas vulcânicos são considerados ativos neste país de fogo e gelo, a região mais vulcânica da Europa.

Em 11 de novembro, os habitantes de Grindavik, uma pitoresca vila de 4.000 habitantes, foram retirados por precaução após centenas de terramotos causados pelo movimento de magma sob a crosta terrestre, precursor de uma erupção vulcânica.

C/ JN.pt e Noticiasaominuto.com

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