O filme “Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo” chegou como um dos favoritos e conseguiu uma vitória histórica na noite de Óscares, ao levar sete estatuetas que incluíram Melhor Filme, Melhor Realização, Melhor Atriz Principal, Melhor Atriz Secundária e Melhor Ator Secundário. O filme, com um elenco que mistura famosos e desconhecidos, foi o mais premiado desde “Quem Quer Ser Bilionário” em 2008.
“Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo” é uma ficção cientifica que explora o conceito de multiverso. Dirigido por Daniel Kwan e Daniel Scheinert – conhecimentos por “Os Daniels” – o filme consagrou a atriz Michelle Yeoh como a primeira asiática a ganhar o Óscar de Melhor Atriz Principal, deu a Jamie Lee Curtis o seu primeiro Óscar e premiou KE Huy Qual como Melhor Ator Secundário, fazendo dele o segundo asiático de sempre a ganhar a categoria.
“Este é um momento histórico” afirmou Michelle Yeoh, após a vitória, dizendo que “quebrou o teto de vidro” com um movimento de Kung-Fu. “Isto é para todos os que foram identificados como minorias”, considerou a atriz. “Nós merecemos ser ouvidos, merecemos ser vistos e ter oportunidades iguais, para podermos ter um lugar à mesa”, continuou. “Deixem-nos provar que nós valemos a pena”. Yeoh venceu contra ‘pesos-pesados’ como Cate Blanchett (“Tár”) e Michelle Williams (“Os Fabelmans”).
Na 95.ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood premiou ainda o europeu “A Oeste Nada de Novo” com o Óscar de “Melhor Filme Internacional”. A película germânica, de Edward Berger, tinha brilhado já nos BAFTA, da Academia Britânica de Cinema, tendo conquistado o galardão de Melhor Filme em Língua não Inglesa. O filme é baseado no romance homónimo de Erich Maria Remarque, que se centra na Primeira Guerra Mundial.
No Óscar de “Melhor Ator” a desilusão coube a Austin Butler, pela interpretação no filme biográfico “Elvis”. O prémio acabou nas mãos de Brendon Fraser, pelo papel em “A Baleia”, que não estava entre os dez candidatos a “Melhor Filme”.
Lista completa dos vencedores
- MELHOR FILME: “Tudo em Todo o Lado Ao Mesmo Tempo”
- MELHOR REALIZAÇÃO: Daniel Kwan, Daniel Scheinert, “Tudo em Todo o Lado Ao Mesmo Tempo”
- MELHOR ATRIZ: Michelle Yeoh, “Tudo em Todo o Lado Ao Mesmo Tempo”
- MELHOR ATOR: Brendan Fraser, “A Baleia”
- MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA: Jamie Lee Curtis, “Tudo em Todo o Lado Ao Mesmo Tempo”
- MELHOR ATOR SECUNDÁRIO: Ke Huy Quan, “Tudo em Todo o Lado Ao Mesmo Tempo”
- MELHOR EDIÇÃO: “Tudo em Todo o Lado Ao Mesmo Tempo”, Paul Rogers
- MELHOR CANÇÃO ORIGINAL: “Naatu Naatu” de Kala Bhairava, M. M. Keeravani, Rahul Sipligunj por “RRR”
- MELHOR SOM: “Top Gun: Maverick”
- MELHOR BANDA SONORA ORIGINAL: “A Oeste Nada de Novo”, Volker Bertelmann
- MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO: “A Voz das Mulheres”, Sarah Polley
- MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL: Daniel Kwan, Daniel Scheinert, “Tudo em Todo o Lado Ao Mesmo Tempo”
- MELHORES EFEITOS VISUAIS: “Avatar: O Caminho da Água”
- MELHOR FOTOGRAFIA: “A Oeste Nada de Novo”, James Friend
- MELHOR DIREÇÃO DE ARTE: “A Oeste Nada de Novo”
- MELHOR GUARDA ROUPA: “Black Panther: Wakanda para Sempre”
- MELHOR MAQUILHAGEM E CABELOS: “A Baleia”
- MELHOR FILME INTERNACIONAL: “A Oeste Nada de Novo”, Alemanha
- MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO: “The Boy, the Mole, the Fox, and the Horse”
- MELHOR CURTA-METRAGEM DE IMAGEM REAL: “An Irish Goodbye”
- MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTAL: “The Elephant Whispereres”
- MELHOR DOCUMENTÁRIO: “Navalny”
- MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO: “Pinóquio”, de Guillermo del Toro