Violência pós-eleição faz seis mortos na Indonésia

Seis pessoas morreram em protestos na Indonésia após a publicação dos resultados das eleições presidenciais de Abril. Em resposta à reeleição do Presidente Joko Widodo, os apoiantes do seu opositor, o antigo general Pabrowo Subianto, levaram para as ruas as acusações de fraude eleitoral.

Os protestos começaram na terça-feira de forma pacífica, mas rapidamente tornaram-se violentos. A polícia usou gás lacrimogéneo para dispersar a multidão. “Tínhamos pelo menos 200 pessoas feridas a receber tratamento nos hospitais”, disse o governador de Jacarta, Anies Baswedan, ao canal de televisão TVOne. “Seis pessoas morreram”, acrescentou o responsável.

Centenas de manifestantes estavam na manhã de hoje na zona central de Jacarta, após uma noite de violência. As imagens de televisão mostram colunas de fumo nas ruas do distrito de Tanah Abang, e vêem-se manifestantes a tentar derrubar vedações e a atirar objectos incendiários.

A agência de notícias Antara informava que um pequeno grupo de manifestantes tentou entrar de assalto numa esquadra da polícia. Vários edifícios de escritórios e embaixadas na baixa de Jacarta foram encerrados esta quarta-feira, tal como as estações de comboio da área.

Outro grupo de apoiantes do general Subianto protestava em frente à sede da Comissão Nacional de Eleições, atirando pedras à polícia. Centenas de agentes do corpo de intervenção bloquearam a passagem aos manifestantes, mas espera-se que a multidão cresça com o chegar da noite.

Na terça-feira, a comissão de eleições confirmou as sondagens divulgadas a 17 de Abril, que apontavam para a vitória de Widodo com 55,5% dos votos, contra 44,5% de Subianto, que alega ter havido fraude generalizada. Entretanto, uma agência de supervisão das eleições já veio afastar quaisquer acusações de irregularidades nas eleições.

O Presidente eleito foi felicitado pelo seu antecessor, Susilo Bambang, que é líder do Partido Democrático e integra a coligação que apoia Subianto. Outros partidos da oposição – incluindo os islamistas moderados, que também apoiam Subianto – também já reconheceram o resultado.

C/Público

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