Universidade nos EUA desenvolve gel para prevenir incêndios

Investigadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram uma espécie de gel inofensivo para o meio ambiente que previne incêndios florestais. O tratamento preventivo é descrito na revista científica “Proceedings of National Academy of Sciences”. Trata-se de um fluido que ajuda a retardar os incêndios comuns das florestas.

Aplicado em áreas propensas a ignições, o material consegue impedir a propagação de incêndios, mesmo em condições climáticas em que os retardadores convencionais não fazem efeito. Além de mais eficaz, dizem os investigadores que o produto é mais barato também.

“Isto tem o potencial de tornar o combate aos incêndios florestais muito mais proactivo do que reativo”, disse Eric Appel, um dos principais autores da investigação, professor assistente de Ciência e Engenharia dos Materiais. Actualmente, explicou, o que se faz é estar atento a zonas propensas a incêndios e ir “a correr apagá-los” quando deflagram.

As alterações climáticas e o aquecimento global estão a tornar o clima mais quente e seco, o que intensifica o poder destrutivo dos incêndios e prolonga a temporada mais crítica. Nos últimos 2 anos aconteceram 4 dos 20 maiores incêndios de sempre e 8 dos 20 mais destrutivos na história da Califórnia.

Os investigadores notam que os retardantes comerciais mais utilizados usam fosfato de amónio como componente activo mas que só é eficaz durante um curto período de tempo. A tecnologia agora desenvolvida, um gel à base de celulose, permanece na vegetação mesmo com vento e chuva.

“Pode-se colocar 20.000 galões (cerca de 76 mil litros) disto numa área, como prevenção, ou um milhão de galões (3,7 milhões de litros) da fórmula tradicional após o início do incêndio”, disse o autor do estudo, Anthony Yu.

Os investigadores trabalharam com o Departamento de Silvicultura e Proteção contra Incêndios da Califórnia para fazer testes e concluíram que o gel é eficaz mesmo depois de chuva intensa. Nas mesmas condições um retardador das chamas já não é eficaz.

C/DN

Sair da versão mobile