O presidente Donald Trump instruiu as agências governamentais a não emitirem mais documentação de cidadania para bebês nascidos nos Estados Unidos de pais em situação ilegal no país. As informações são do jornal Washington Post. Essa foi mais uma das várias ordens relacionadas à imigração que Trump assinou no Salão Oval, após a posse.
A ordem de Donald Trump é uma reinterpretação da 14ª Emenda da Constituição, que concede cidadania a todas as pessoas nascidas em solo americano, uma mudança que os juristas dizem ser ilegal e que será contestada nos tribunais.
A medida cumpre um objetivo defendido por grupos conservadores, que dizem que muitos migrantes ilegais estão cruzando a fronteira para ter filhos nos EUA. Impede o Departamento de Estado de emitir passaportes e orientar a Administração da Previdência Social a não reconhecer mais os bebês como cidadãos dos EUA. A ordem de Trump entrará em vigor nos próximos 30 dias.
Em seu discurso de posse, Trump disse que invocará a Lei de Inimigos Estrangeiros, de 1798, uma legislação usada em tempos de guerra para erradicar gangues e criminosos estrangeiros dos Estados Unidos. O mais recente uso da lei foi durante a Segunda Guerra Mundial, quando autoridades dos EUA forçaram 120 mil japoneses-americanos a viver em campos de prisioneiros.
Trump afirmou ter maior responsabilidade em defender o país de ameaças e invasões. E prometeu fazer isso em um nível que ninguém jamais viu antes. Já na tarde de segunda-feira, requerentes de asilo que haviam agendado análise foram barrados nas travessias internacionais.
De referir que, para além de assinar a ordem para acabar com a cidadania de bebês por naascimento, o presidente concedeu ainda o perdão presidencial para cerca de 1.500 acusados pelo ataque ao Capitólio de janeiro de 2021, anunciou a saída do país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, prometeu rebatizar o Golfo do México como “Golfo da América” e revogar outras 79 medidas do governo de Biden em discurso para 20 mil apoiadores na Arena Capital One, em Washington.
C/Agências de Notícias