Suspeito de abuso sexual, Rúben Semedo pode pegar prisão perpétua na Grécia

O jogador Rúben Semedo e um amigo precisam mesmo comprovar a sua inocência no caso da suposta violação de uma adolescente de 17 anos ou podem passar o resto da vida na cadeia. Conforme a imprensa internacional, o código penal grego considera a violação em grupo um “crime hediondo” e o castigo máximo é a prisão perpétua.

Ontem, à saída do tribunal, o jogador do Olympiacos retirou a máscara e disse para os jornalistas estar inocente e acusou a jovem de mentir por dinheiro. “É tudo por causa do dinheiro. Vocês vão ver. E quero que vocês venham novamente quando for declarado inocente!” “Se eu não fosse um futebolista, nada disto teria acontecido”, continuou Semedo, que terá dito ao juíz estar inocente e que as relações sexuais que manteve com a jovem foram consentidas.

A um canal de televisão grego, o advogado de Semedo tinha dito o mesmo e adiantou alguns pormenores sobre a noite em que os dois se encontraram: diz que a jovem continuou em casa do jogador depois da alegada violação e que lhe mandou uma mensagem para se encontrarem na noite seguinte.

“Se eu fosse à casa de alguém e me violassem sairia imediatamente de lá. Neste caso, ela continuou lá na casa, mandaram vir comida, fumaram shisha e, se não tivesse existido esta queixa, provavelmente ainda continuariam lá. Não pode ter existido violação, caso contrário ela não teria mandado mensagem [ao Rúben Semedo] para se voltarem a encontrar na noite seguinte”, afirmou.

Já a adolescente terá dito às autoridades que conheceu Rúben Semedo num bar na cidade de Oropo e alegado que o jogador a embebedou e levou-a para sua casa, onde terá consumado a alegada violação.

“Por ter consumido uma grande quantidade de álcool, fui para um dos quartos da casa [de Rúben Semedo] e adormeci. Pouco depois, o segundo arguido [o homem de 40 anos] entrou e, aproveitando-se da minha situação, obrigou-me a ter relações sexuais”, contou a menor.

“Pouco depois de sair, o Semedo entrou na mesma sala, trancou a porta e obrigou-me a ter relações sexuais”, acrescentou a suposta vítima, cujo relato é confirmado por uma amiga de 16 anos, testemunha no processo, com quem esteve nessa noite.

Com Sic.pt

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